Para o acumulado do ano, o Iemi aponta queda de 5,9% no volume de vendas e aumento de 1,3% da receita, totalizando R$ 183 milhões.
Após um ano bastante desafiador, as redes varejistas de moda associadas à ABVTex (Associação Brasileira do Varejo Têxtil) esperavam desempenho em vendas conservador para o Natal de 2016. O setor previu estabilidade nas vendas no final de ano em comparação ao mesmo período de 2015. O cenário de incertezas políticas e econômicas, com níveis de desemprego e inflação ainda elevados, manteve o consumidor arredio às compras, segundo a entidade.
As perspectivas estão em linha com os dados apresentados pelo Iemi – Inteligência de Mercado. As projeções para 2016 apontam para uma discreta melhora sobre o volume na produção de vestuário no país, de 0,9%, se comparado a 2015, e estabilidade de 4,3% em valor (em reais). A produção, em valores, deve fechar em R$ 109 milhões, ante os R$ 104 milhões no ano anterior.
Já para o varejo de vestuário em 2016, o Iemi prevê queda de 5,9% em volume de vendas e aumento de 1,3% da receita, totalizando R$ 183 milhões em vendas. A previsão para 2017 é de crescimento de 1,2% em volume e de 6,1% em valor nominal, ultrapassando R$ 194 milhões.
Segundo o Iemi, as lojas físicas são responsáveis por 92,3% das vendas de moda ficando o restante com a internet, porta a porta e outras modalidades de comércio. Em 2015, eram 164,7 mil lojas vendendo roupas no Brasil. Até novembro o Iemi registrou 4,5 mil lojas fechadas, terminando 2016 com 160,2 mil pontos de venda.
As lojas independentes (multimarcas) respondem por 37% do volume de peças vendidas no país e 28% da receita, enquanto as lojas de departamento especializadas representam 31% em volume e 31% da receita. Outras redes, como Hering e MOfficer, são responsáveis por 16% das vendas e 27% em valor; e os hipermercados participam com 7% do volume e 5% em valor.
A ABVTex prevê uma retomada lenta do crescimento das vendas a partir do segundo semestre de 2017.