Para marcar presença, o birô americano concorrente do WGSN realizou palestra em São Paulo, apresentada pela diretora criativa da empresa.
Como parte da estratégia de desembarcar no mercado brasileiro, o Fashion Snoops, birô de pesquisa de moda americano concorrente do WGSN, realizou palestra na capital paulista esta semana para qual trouxe a diretora criativa e sócia da empresa, Lilly Berelovich. A representante do serviço no Brasil é Camila Toledo, profissional que já passou pelo WGSN e pelo Stylesight, birôs que fundiram operações no final do ano passado.
Segundo Lilly, a estréia no Brasil visa chegar como nova opção de plataforma online de previsão de moda. O Fashion Snoops foi criado nos Estados Unidos há 14 anos. “Somos um serviço de informação sobre comportamento, cultura e design, e não apenas sobre tendência de moda”, afirma a diretora. Ela avalia que no momento as marcas buscam informações inovadoras. Na avaliação dela, se já está na rua, é muito tarde para servir de referência no desenvolvimento.
Na palestra Global Cultural Trends 2016, ela buscou mostrar como o serviço pode cria conexões entre as diferentes manifestações culturais e sociais até chegar às chamadas tendências. Citou a natureza como um desses gatilhos básicos a ser estudado. “Dessa observação encontramos cores, combinações de cores, estampas, texturas, materiais, tecidos, porque a natureza inspira formas e modelos”, ensina. Serve também não apenas para roupas como para o varejo, por exemplo, na ambientação de lojas, como fez recentemente a JCrew que criou jardins nos espaços internos dos pontos de venda.
Outro gatilho em evidência nos dias atuais é o casamento da tecnologia com a moda, aponta. “Smart products representam a grande expectativa para todo o mercado e não estão reservados apenas ao mundo da tecnologia”, avalia a diretora do Fashion Snoops. Citou como exemplos nessa direção os smart watches lançados recentemente pela Apple e pela Samsung, além do vestido com tecido de fibras ópticas de Richard Nicoll, entre outros.