Celebrando 25 anos, Casa de Criadores acolhe a moda jovem com causa.
Sempre marcada pelas experimentações autorais, a Casa de Criadores celebra os 25 anos acolhendo a moda jovem engajada e ativista. Mesmo centenário o jeans também ocupou a passarela ativista da CDC50, realizada a semana passada em São Paulo. Em seu comunicado à imprensa sobre a nova coleção, a estilista Mônica dos Anjos resumiu bem o espírito da passarela dessa nova edição do evento: “moda de/e para corpos ignorados”. Ou como acrescentou a Pedra, a marca “criada a partir de um corpo negro e travesti”.
No retorno ao evento realizado no mundo físico, 33 marcas percorreram a passarela montada em um endereço em pleno centro da cidade de São Paulo. Apenas duas marcas optaram pela apresentação em desfile transmitido pela internet. O CDC50 teve patrocínio da Abrapa, que dedicou participação com o 2º Desafio do Sou de Algodão; Santista; e Baer-Mate.
DIVERSIDADE
Como veículo de mensagens ativistas, o jeans da CDC50 usou muito black denim e sarja em preto. Passeou do sexy da Pedra ou de Woolmay Made às modelagens fartas e volumosas de Volat, participando do PIM, e de Jorge Feitosa.
Com olhos voltados para a reciclagem de materiais, vários estilistas encaixaram o patckwork em denim nas coleções desfiladas, como fizeram Vicente Perrota, Xbrand (PIM), Vou Assim, Alexei, Leandro Castro, Berimbau, Mônica dos Anjos e Reptilia.
Não faltou brilho luxuoso, garantido por nomes como Rober Dognani, nas calças jeans, e F. Kawallys, em jaquetas super trabalhadas. A sarja ganhou interpretação de safári urbano e sexy na marca de Gefferson Vila Nova. Já o denim atraiu efeitos, como os marmorizados de NotEqual, ou o raw, usado no verso e no avesso por diversos estilistas.
Como patrocinadora do CDC50, a Santista forneceu tecidos para cerca de 20 estilistas. Entre eles veteranos como Alexandre dos Anjos, Mônica dos Anjos, Ateliê Vou Assim, Reptilia, Ellias Kaleb, NotEqual e Priscilla Silva. Além de estreantes como Alexei e Vinicius Neves.