Com o aumento da oferta de denim com cara de malha/moletom, marcas locais superam a resistência inicial e incluem muitas novidades para homens e mulheres, menos para crianças, na tendência que mistura esporte com lazer, conforto com visual do jeans.
O denim com aspecto e toque de malha ou moletom, como preferem alguns, chegou ao mercado brasileiro em 2013, junto com o lançamento das coleções de tecidos para o inverno de 2014, mas, poucas marcas arriscaram sair na frente. Desde então, a oferta de artigos cresceu e mais marcas incluíram o denim malha/moletom nas coleções seguintes. O inverno 2015 promete grande número de lançamentos, tanto para homens quanto para mulheres, enquanto as marcas infantis ainda resistem à novidade. Com esse movimento, o Brasil segue a tendência que os americanos definem de athleisure (combinação de athletic + lazer), roupas confortáveis que podem ser usadas fora das academias, e do conforto com visual de jeans.
Se nos Estados Unidos o mercado de jeans sofreu um revés de vendas por conta dessa moda, obrigando as marcas de denim a terem esforço extra para acompanhar o compasso lançando jeans mais flexíveis, no Brasil, o denim com cara de malha/moletom representa mais um segmento a ser explorado. A adesão brasileira foi gradual, especialmente, por causa das intervenções em lavanderia.
Por receio de criar problemas, especialmente estruturais nos modelos que usam denim com essa característica, muitas marcas foram conservadoras no início e preferiram apenas amaciar os tecidos. Mas, é possível aplicar diferentes efeitos de lavanderias nesse tipo de denim sem riscos, garantem os especialistas consultados pelo GBLjeans. Basta observar alguns cuidados que as marcas brasileiras já dominam, quando usam tecidos elastizados, por exemplo, ou leves (menos de 8oz). Assim como no denim tradicional, a mesma base pode ganhar múltiplas personalidades mediante a combinação de efeitos de lavanderia.
A nova série de reportagens especiais do GBLjeans mostra os cuidados de costura e lavanderia a serem observados com esse tipo de tecido; as marcas que já incluíram o artigo em suas coleções e como foi trabalhado; e as bases disponíveis no mercado brasileiro. O consultor de moda e estilo Maurício Lobo colabora com artigo que escreveu especialmente para esta edição fazendo uma análise das possibilidades mercadológicas do tecido e do que encontrou no mercado europeu.