Mesmo explorando o conceito de conforto atribuído ao tecido não é preciso ficar limitado ao amaciamento, pois, a mesma base pode assumir visual diverso, como acontece com o denim rígido.
Embora o denim malha/moletom possa ser versátil em lavanderia e, por princípio, aceitar as mesmas batidas de fundo e efeitos empregados no jeans elastizado ou 100% algodão, o que muda é a intensidade da aplicação, com conselho de dosar a mão em termos de tempo dos processos e nos pontos de atritos das peças. Assim como na costura, a cautela equivale à atribuída aos artigos super elásticos. Como conceito inerente ao produto, o conforto não inibe a variação de técnicas, garantem os especialistas das lavanderias Lavinorte, Qualidade, Pluma e GB Customização, além do consultor de moda e estilo, Maurício Lobo.
O custo industrial de peças nessa linha deve ser considerado, assim como a estratégia de marketing de lançamento dos modelos. Uma dessas grandes lavanderias consultadas pelo GBLjeans conta que desenvolveu uma técnica de impermeabilização para peças confeccionadas com denim com aspecto de malha/moletom porque uma marca que é cliente pretende lançar um jeans para ser usado na prática de esportes, como andar de bicicleta, de modo que a pessoa fica protegida da chuva ou de respingos sujos, e com a mesma calça ir ao trabalho. Em outra versão, a mesma marca avalia fazer pequenos rasgos nas calças para ajudar na transpiração provocada pelo exercício físico.
Denim malha/moletom aceita
:: Puídos localizados sutis (boca de bolso e barras). Puídos e lixados intensos não recomendados, pois, provocam pilosidade.
:: Lixados, desde que com lixa d’água bem fina.
:: Marcação a laser. Representa uma alternativa estratégica aos lixados; para bigodes; entre outros efeitos localizados, como lixados feitos com micropontos para obter o aspecto detonado. Aplicação do laser exige controle da potência da luz, que deve ser menor do que no jeans tradicional, e da refrigeração da máquina.
:: Estonar usando enzima ácida (que funciona em pH neutro), para evitar perda de power.
:: Bigode 3D dá para fazer, mas, sem usar manequim. Lembrando que a resina necessária para fixação do efeito pode deixar o tecido duro nesses pontos.
:: Uso de resina. Aplicação deve ser bem dosada, de modo que a peça não perca a elasticidade e por conseguinte a característica de conforto.
:: Utilizar amaciantes. Devem ser à base de silicone nano ou microemulsão.
:: Fast pin: feito com pinos de silicone.
:: Para detonados maiores é aconselhado uso de patche interno para estruturar os rasgos e puídos, evitando o enrugamento dos fios. Algumas lavanderias criaram técnicas que permitem não usar esse reforço interno.
:: Permanganato é aceito e cloro também, desde que em concentração menor e menos tempo de exposição do que os usados para o denim rígido.
:: Abrasão: opção são os pós abrasivos.
:: Patches decorativos; jatos de pigmento; estamparia a laser; clareamento com espuma líquida; marmorizado.
É bom evitar
:: Uso de manequim: afeta a estrutura do tecido. Ao inflar, dobra o tecido, e pode deformar, alterando a modelagem.
:: Bigode 3D em skinny: pode afetar a modelagem.
:: Efeitos de abrasividade intensa, como o lixado manual.
:: Desbotes severos.