Agreste investe em automação de costura

Agreste investe em automação de costura de bolso

Distribuidor vende 17 máquinas de fazer bolso com vivo na feira Agreste Tex 2024

Durante a Agreste Tex 2024, o polo de confecções de Pernambuco investe na compra de 17 máquinas de fazer bolso traseiro embutido com vivo. Conforme Jovany Bissoli, da Maqpress Automação, de Caruaru (PE), o modelo escolhido foi o da chinesa Ello, um conjunto integrado de marcação e corte a laser e costura reta, que torna a operação de fazer bolsos traseiros embutidos 100% automática, e cujo lançamento foi anunciado na feira de negócios que terminou na sexta-feira passada, 23 de março.

Esse conjunto automatizado é capaz de manufaturar bolsos com um a três vincos, além de permitir o fechamento com zíper. Além de automático, o equipamento é rápido. Permite produzir 120 bolsos por hora, com apenas um operador. Leva cerca de 30 segundo para o operador posicionar o tecido, seguindo o gabarito marcado a laser, cortar a laser e costurar. “Sem essa máquina, seriam necessárias cinco pessoas para fazer a mesma quantidade”, afirma Bissoli, dono da empresa que atua como revenda autorizada da Welltec. Ele acrescenta que devido ao equipamento, as medidas e as dobras dos bolsos são feitas de forma padronizada e com qualidade de costura.

A procura pela máquina aumentou porque um número maior de marcas do polo do Agreste Pernambucano investe na produção de vestuário com outros tecidos planos, que não o denim. Com a queda do jeans, as marcas estão interessadas em peças com corte de alfaiataria, como calças e bermudas, observa o empresário.

Uma das marcas que comprou um conjunto Ello na Agreste Tex foi a Vanzzat, marca de Riacho das Almas que produz vesturário masculino, com linhas infantil, juvenil e adulto. A empresa comenta que fez o investimento devido à falta de mão-de-obra para fazer esse tipo de bolso na região.

PREÇO

Cada conjunto da máquina Ello para bolso custa R$270 mil. “Só conseguimos fechar negócio porque temos financiamento próprio. Com entrada de 20% e o restante do valor dividido em 24 meses”, explica Bissoli. De acordo com o empresário, o investimento atraiu confecções com produção a partir de 3 mil calças por dia e empresas que vão prestar esse tipo de serviço. Ele afirma que já tem fila de espera para as outras 20 máquinas que estão em processo de importação.