Empresa diz que coleção de entressafra é diferente de tudo que já fez e fala sobre risco de apagão.
Três meses depois do anúncio principal, a Canatiba lança complemento de inverno. “A coleção de entressafra está encantadora. Podemos dizer que foi desenvolvida
sem economia. É diferente de tudo o que a gente já fez. Tem uma parte sensorial forte com macio e suave, ou armado”, analisou Fábio Covolan, diretor de marketing da empresa.Entre os armados, um dos lançamentos é o raw denim Muratore Rígido, um 100% algodão de 11oz, que tem acabamento que dispensa seguidas lavagens domésticas, assegura a empresa. “É o uso que faz o desgaste dele”, acrescenta Ivna Barreto, gerente de marketing da Canatiba.
Da mesma família Muratore, o fabricante inclui mais três bases. Outro rígido, o Cross tem 11oz, mas composição que combina 78% algodão e 22% poliéster. Conta, ainda, com dois da linha Megaflex (com 98% algodão e 2% elastano).
Para opções leves, Ivna cita o Rarita PT MaxSkin, de 7,5oz, de 54% liocel e 46% algodão. Como opção “sensorial e utilitária”, que inclui construção, conforto e aquecimento, ela aponta o reforço com o Matias Denim Malha (8oz, 88% algodão, 11% poliéster e 1% elastano) e o Chambray Denim, base 100% algodão, de 5,5oz.
DENIM COLOR SEPARADO
O pacote de lançamentos é mais amplo e será mostrado em evento de três dias no novo showroom da empresa no Brás, até sexta-feira, 20 de agosto.
A Canatiba lança complemento de inverno de forma a atender também a demanda por cores prevista para a estação.
Uma das decisões é ampliar a participação no segmento de denim color. E, para isso, vai separar a equipe comercial, que passa a contar com um time dedicado a colorido e estamparia, e outro para o denim.
O novo modelo começa por São Paulo, informa Fábio Covolan.
RISCO DE APAGÃO
A crise hídrica que o país enfrenta com níveis de reservatório muito abaixo do ideal não preocupa a empresa em relação a água. “A preparação foi feita ao longo dos anos para gastar menos água e energia, modernizando fábrica e processos”, diz o diretor.
Ele menciona investimentos como a substituição de banhos líquidos por espuma. “Boa parte do nosso tingimento é eco dye que nos permite economizar a partir de 80% de água em relação ao processo de tingimento normal. A gente adotou estamparia digital que tem quase zero de descarte em comparação ao processo convencional de estamparia de tecido. Também usamos produtos químicos mais modernos que nos permitem consumir menos água”, acrescenta Fábio Covolan aos exemplos de adequação industrial.
Sobre o risco de faltar energia elétrica, sendo novembro considerado o mês mais crítico, ele afirma: “A gente está refém das circunstâncias”.
Conta para enfrentar uma eventual interrupção de fornecimento com o estoque regulador grande mantido na planta em Santa Bárbara d’Oeste. “Se houver falta de energia e queda de produção, esse estoque vai servir de colchão para não interromper o fornecimento. Temos essa vantagem de absorver uma mudança no perfil de demanda, isto é, um aumento de demanda, de forma mais regular. E se houver interrupção de qualquer natureza a gente consegue suprir o mercado por algum tempo”, assegura.
A falta de chuvas já refletiu em aumento na conta de energia elétrica, tanto para empresas como para consumidores domésticos. “O aumento da conta já tem vindo desde junho. Isso impacta no custo do produto. Por enquanto, está consumindo nossa margem de rentabilidade”, revela Fábio Covolan, sem mencionar repasse para o preço.
GALERIA DE FOTOS
Nessa coleção de complemento, a Canatiba mostra modelos criados pela estilista Helena Rodrigues.