Cetiqt inaugura planta de acabamentos

A unidade, cuja construção consumiu investimentos da ordem de R$ 4 milhões, será visitada na próxima semana por José Alencar, na condição de presidente da República em exercício

 

O Cetiqt (Centro de Tecnologia da Indústria Química e Têxtil) do Senai inaugurou, na semana passada, a planta-piloto de acabamentos, denominada oficialmente de Planta de Inovação em Design e Beneficiamento. Na sexta-feira, 17, a planta será apresentada a José Alencar, na qualdade de presidente da República em exercício (Luiz Inácio Lula da Silva estará em viagem ao exterior), e a uma comitiva formada por 27 presidentes de federações de indústria.

 

Para a construção da unidade, que funciona no campus principal do Cetiqt, no Rio de Janeiro (RJ), foram investidos R$ 4 milhões, de acordo com informações divulgadas pelo Sinditêxtil, de São Paulo. Conforme reportagem publicada pelo GBLjeans, em maio de 2007, o projeto representava um dos maiores investimentos já realizados pelo Cetiqt.

 

A nova planta ocupa 3 mil metros quadrados (o dobro da área projetada inicialmente)distribuídos em dois andares, que abrigam sete laboratórios, 12 salas de aula, dois ateliês (um para desenvolvimento e outro de produtos), uma sala da cor e um salão de máquinas para simulação de processos de produção.

 

Os sete laboratórios montados incluem instalações para espectrofotometria e colorimetria; simulação e automação de processos; estampas convencionais e digitais; design de superfície (voltado para o enobrecimento de peças confeccionadas); química aplicada; e meio ambiente, cujo núcleo é o funcionamento integrado às áreas de produção de uma estação de tratamento de efluentes (ETE), detalha Leonardo Garcia Teixeira Mendes, coordenador de Engenharia da Faculdade Senai-Cetiqt e responsável pela coordenação do projeto da nova planta.

 

A reforma começou no início de 2007 e a intenção era a planta estar operacional para o ano letivo de 2008, o que acabou não acontecendo. Além do fim acadêmico, um dos planos para a nova planta é a aproximação ainda maior do Cetiqt com o mercado através de parcerias com empresas e indústrias da área têxtil para prestação de serviços tecnológicos. No momento, o Cetiqt negocia com 27 empresas projetos que envolvem o uso da nova planta, conta o coordenador.

 

 

Mendes cita como exemplo negociações em torno da aplicação de plasma para alterar as características superficiais de tecidos. “A aplicação do plasma pode alterar o toque do tecido ou alterar as características de absorção de líquido, promovendo uma resistência superior, de modo que a superfície do tecido quase não absorve líquido”, explica o professor.

 

fotos: divulgação