Processo Dry Color – Eco é destinado a peças prontas para trabalhos em lavanderia, tendo sido desenvolvido em parceria com o Instituto de Tecnologia do Senai.
Como vai participar da Febratex (Feira Brasileira para a Indústria Têxtil), a Coratex preparou um lançamento para mostrar no evento, programado para 9 a 12 de agosto, no Parque Vila Germânica, em Blumenau (SC). É o Dry Color – Eco, um processo de tingimento a seco para roupas feitas com tecido de fibras sintéticas e suas diferentes composições. O fabricante de produtos químicos catarinense desenvolveu o processo em conjunto com o Instituto de Tecnologia Têxtil, Vestuário e Design do Senai Blumenau, ao longo de dois anos.
“É uma inovação sob pontos de vista diferentes. Primeiro, é o tingimento sem uso de água para fibras sintéticas – só existe para tecidos 100% algodão. E como é feito para roupas prontas, a idéia é que o serviço seja feito pelas lavanderias, para um mercado no qual elas não têm muita atuação: fitness e moda praia”, destaca Fernando Siebel, diretor da Coratex.
Segundo o empresário, para o Dry Color – Eco, as lavanderias usam os equipamentos de que dispõem para tingimento. Também precisam de secadoras, comuns nessas empresas, e forno de alta temperatura para fixação do processo. Em termos de produtos químicos, o método demanda o uso de pigmento orgânico normal, empregado em estamparia, e dois fixadores.
“Outro desafio é mostrar às marcas de artigos esportivos e moda praia um processo sustentável, com a opção de inúmeros efeitos visuais”, observa Siebel. A estampa de uma camiseta, por exemplo, pode ser aplicada antes para depois ir para o tingimento.
Ele explica que nessa primeira etapa o Dry Color – Eco está disponível para peças confeccionadas com tecido composto por poliamida, poliéster e elastano. Poderia ser inclusive empregado para tingimento de sarja composta de algodão e elastano, afirma. Siebel destaca, ainda, que apesar de não usar água no tingimento, o novo processo mantém as características de solidez a lavagem, atrito, luz e cloro, “mas sem tirar as características de caimento e toque desses artigos”.
O processo a seco tende a ser mais caro comparado ao convencional porque o fluxo de produção em lavanderia é mais lento, demorando mais tempo para altos volumes, explica o executivo.