Fabricante registra aumento de demanda por esse tipo de técnica também no segmento de jeans, impulsionado pelo modelo de calça lançado pela Hermés.
A Haco lançou um mostruário dedicado à linha de etiquetas transfer, muito usadas nos segmentos de roupas esportivas e infantis. Por serem flexíveis, acompanham o caimento do tecido. Dependendo do tamanho, essas etiquetas podem ser aplicadas diretamente na peça, reduzindo o tempo de produção na cadeia têxtil, explica a gerente de marketing, Kelly Graff. A linha permite várias possibilidades no uso de cores e imagens facilitando a criação sob demanda.
Além do fast fashion, o fabricante viu crescer o interesse pelas etiquetas transfer também no segmento de jeans. “A Hermès tem utilizado o modelo em calças jeans com um mix de materiais imitando couro, com aplicação de transfers e plaquinhas de metais em um mesmo produto. As sobreposições e interferências de materiais têm sido muito exploradas nos componentes de identificação de moda”, afirma Kelly.
A linha foi desenvolvida na unidade de Soluções Gráficas da Haco, em Massaranduba (SC). A empresa oferece dois tipos de etiquetas transfer. O semibrilho pode ser produzido em rolos, a transferência se dá por calor (termotransferível) e permite sua aplicação na peça pronta. O sublimático adere às fibras do tecido proporcionando toque zero sem a possibilidade de surgimento de rachaduras. Sua aplicação também pode ocorrer após a confecção da peça e é indicada, principalmente, sobre tecidos sintéticos permitindo cores mais vivas e destacadas. “O uso das etiquetas transfer no universo jeanswear tem ganhado força por sua versatilidade. É possível a criação desde aplicações de marcas e detalhes diferenciados, até o desenvolvimento de efeitos de lavagem e desgaste”, diz Kelly. No segmento infantil, facilita a reprodução de personagens e ilustrações coloridas com mais detalhes.
A executiva destaca que a linha de etiquetas transfers foi revitalizada na Haco com a aquisição de novas máquinas. “Adquirimos equipamentos de Taiwan com sensores de posicionamento nos quadros permitindo maior precisão nos cortes e a criação de transfers em cromia, com inúmeras combinações de cores”, explica o gerente de desenvolvimento de produto, Elson Oliveira. O cliente pode encomendar desde pequenas a grandes quantidades, de acordo com a necessidade dele. “Criamos transfers sobre uma base de aplicação em PET, ao invés do tradicional uso de papel, que permite uma maior conservação do produto contra intempéries, como umidade e temperatura, prolongando sua durabilidade e prevenindo contra alterações de aparência”, ressalta.
O novo mostruário tem seis cartelas, nas quais são apresentados 24 exemplos de aplicação de transfers semibrilho e sublimático. A Haco tem cinco fábricas no Brasil e uma em Portugal e produz em torno de 3 bilhões de peças anualmente.
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