Projeto do Agreste de Pernambuco reúne 30 famílias que aproveitam sobras descartadas pelas fábricas da região para fazer acessórios e roupas.
O grupo Fulô da Terra, formado por 30 famílias de Riacho das Almas, cidade do Agreste de Pernambuco, transforma resíduos de jeans em artesanato. Os artesãos aproveitam o material que é descartado pelas fábricas de confecção da região para fazer colares, diademas, agendas, bonecas e peças de roupa. Idealizado há 12 anos pela artesã Adjane Souza, o projeto foi colocado em prática há oito meses com o apoio do IPA (Instituto Agronômico de Pernambuco) e do Sebrae (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).
Para estimular a iniciativa, o IPA capacita novos artesãos das áreas rurais, enquanto o Sebrae é responsável por expor as peças produzidas em feiras de artesanato em todo o Brasil. O Fulô da Terra não tem sede fixa e os artesãos trabalham de forma improvisada em suas casas. Os municípios de Toritama, Santa Cruz, Caruaru, além de Riacho das Almas, produzem juntos cerca de 80 mil toneladas de resíduos de jeans todos os dias, informa o grupo. O Fulô da Terra consegue reaproveitar em torno de 6 mil toneladas por mês e o objetivo é aumentar a produção.