Ateliê Vivo reúne biblioteca de modelagens

Espaço aberto na Casa do Povo, no Bom Retiro, em São Paulo, oferece orientação para a produção de roupas de forma gratuita.

Espaços coletivos de criação têm redefinido o modo das pessoas adquirirem moda, propondo modelos democráticos e transparentes de produção. É essa a idéia do Ateliê Vivo que reúne uma biblioteca de moldes prontos, auxiliando de forma gratuita iniciantes em costura e estilistas a darem os primeiros passos na confecção de roupas. Localizado na Casa do Povo, espaço que reúne diversas iniciativas, no bairro paulistano do Bom Retiro, o Ateliê Vivo surgiu da iniciativa de um grupo de estudantes de Moda originários do ‘G>E’ (Grupo Maior do que Eu), que discutia as inquietações sobre a indústria da moda, reunindo aproximadamente 15 pessoas, explica uma das participantes do projeto, Gabriela Cherubini.

O projeto foi proposto a partir de outra integrante do grupo, a estilista Karlla Girotto, que buscava um lugar para armazenar um grande acervo de moldes que foi juntando ao longo de muitos anos. O Ateliê Vivo faz parte da iniciativa MetaColetivo, que ganhou o edital Proac da Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo ao propor que os grupos residentes da Casa do Povo dialoguem com o bairro do Bom Retiro, iniciando atividades em junho de 2015. Funciona como uma biblioteca pública de modelagens, permitindo que as pessoas produzam suas próprias roupas a partir de modelos doados por estilistas como Giselle Nasser, Lane Marinho, Pitty Taliani (Amapô), Ronaldo Fraga, Rita Comparato e Alexandre Herchcovitch, reunindo em torno de 500 moldes.

A participação é gratuita e o projeto funciona aos sábados, das 14h às 21h. Para utilizar o espaço, é preciso ter conhecimentos de modelagem, corte e costura, levar o próprio tecido e marcar horário por e-mail. O ateliê é composto por seis máquinas de costura variadas, seis mesas de corte e todos os acessórios necessários para o trabalho: giz, fita métrica, agulhas, linhas, manequins, alfinetes. Um integrante do grupo G>E e um técnico de costura acompanham o processo e instruem o participante no desenvolvimento do trabalho.

Além da Casa do Povo, o Ateliê Vivo tem parceria com o Sesc Pompéia e o Sesc Ipiranga para a realização de oficinas de costura. “Um dos nossos planos é conseguir financiamento por meio de crowdfunding para remunerar a mão de obra do Ateliê”, afirma Gabriela Cherubini. Foi por meio desse recurso, por exemplo, que a Casa do Povo conseguiu levantar R$ 100 mil para reformar o terceiro andar do prédio onde hoje existem outros projetos na área de canto coral e dança.

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