Parte dos trabalhos em fast-pin são realizados por presas que cumprem pena em regime fechado no presídio Estevâo Pinto, em Belo Horizonte
Há pouco mais de um mês, a Lavander Jeans participa do projeto de geração de trabalho e renda do Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto, de Belo Horizonte (MG). A empresa contrata mão-de-obra presa para alguns serviços. O presídio realiza esse tipo de convênio há cerca de dez anos, como forma de ajudar na qualificação profissional das detentas, além de reduzir a pena. Para cada três dias de trabalho, o preso tem um dia a menos de detenção, benefício previsto em lei.
Bruno César Faria, proprietário da lavanderia, sabendo do projeto, procurou a administração da penitenciária e propôs a parceria. A Lavander repassa de 5% a 10% dos trabalhos para as presidiárias que participam do projeto e cumprem pena em regime fechado. Segundo Faria, elas cuidam dos trabalhos que sobrecarregam a lavanderia e envolvem a aplicação de fast-pin. “A intenção é aumentar os trabalhos feitos por lá e incluirmos o lixamento. Mas ainda esperamos por um espaço maior para a acomodação das máquinas necessárias”, conta o empresário.
As participantes do projeto são escolhidas de acordo com o comportamento apresentado e, com algumas exceções, todos os trabalhos são feitos dentro do complexo. Para a participação no projeto, os empresários interessados devem contatar a gerência da penitenciária para firmar um contrato de prestação de serviços, pagando por isso apenas um valor simbólico, explica Faria.