Receita do período também caiu por causa da John John, da Individual, do canal de atacado e falhas de fornecimento.
No 3º trimestre de 2024, a Veste S.A. volta a operar com prejuízo e fecha o período com perda de R$11,79 milhões. A receita líquida do trimestre foi menor em relação ao 3º trimestre de 2023, com baixa de 3,6%. Baixou para R$264,59 milhões entre julho e setembro. Alguns fatores explicam a piora dos resultados da holding que controla seis marcas ativas – Le Lis, Dudalina, John John, Bo.Bô, Individual e o outlet Estoque.
Com o reposionamento da John John e da Individual ainda em processo, as vendas das duas marcas caíram mais de 20% no 3º terceiro trimestre de 2024 em comparação com o apurado em igual período do ano passado. A expectativa da companhia aponta para capturar bons frutos com todas as mudanças a partir do 4º trimestre.
Aos investidores o CEO da Veste explicou que o reposicionamento da John John vai além do rebranding. Ele mencionou que a empresa vem alterando fundamentos de gestão da marca, estilo, precificação, calendário de lançamentos, transformação de lojas, atendimento nas lojas e marketing. “Até agora, passamos por um momento duro e difícil na John John. Mas a partir de outubro temos sinais importantes de estabilização tanto no varejo quanto no atacado”, afirmou Afrange durante teleconferência de resultados.
O faturamento bruto da John John registra R$41,5 milhões no 3º trimestre de 2024, queda de 29% sobre igual período de 2023. Pesou nesse resultado o fato de a marca estar atuando com 10 lojas a menos que no 3º trimestre de 2023. Até setembro, a John John contava com 34 lojas de varejo.
REPOSICIONAMENTO E FORNECEDORES
Conforme Afrange, o foco de produto da John John será o jeanswear, em linha ampla o bastante para atender diferentes ocasiões de uso, de noite e de dia.
Marca de moda masculina, a Individual também atravessa reposicionamento. Chegou a ter uma loja de varejo durante o último ano, que foi encerrada neste trimestre. A partir de agora, a Individual será 100% vendida no canal de atacado. O faturamento bruto da marca recuou 23,6% no trimestre para R$17,1 milhões.
Por sua vez, o canal de atacado está em reformulação desde o final de 2023. Ganhou diretoria exclusiva e novo conceito comercial. Mas como o processo não está concluído, também influiu negativamente nos resultados. O faturamento bruto do canal de atacado que a Veste chama de B2B fecha o trimestre com R$65 milhões, queda de 16,5% sobre o mesmo período de 2023.
Apesar de apresentarem crescimento no indicador ‘mesmas lojas’, as marcas Le Lis e Bo.Bô, que já passaram por reformulação, tiveram as vendas afetadas por atrasos de entrega de fornecedores. Para 2025, a Veste aumentará a carteira de parceiros industriais, tanto do Brasil quanto internacionais, para evitar esse tipo de problema, afirmou Afrange.
A receita bruta da Le Lis alcançou R$157,3 milhões, correspondendo, assim, a aumento de 5,6%.
Já a receita bruta da Bo.Bô registra R$28,3 milhões, baixa de 1,6%, e da Dudalina anota R$56,5 milhões, recuo de 1,3%.
As lojas de outlet renderam receita bruta de R$29,4 milhões. Representa crescimento de 27,5%, entretanto, considerado pontual em função das ações adotadas pela empresa para reduzir estoque antigo.
Ao todo, a Veste fecha o 3º trimestre com 172 lojas de varejo, sendo 73 da Le Lis; 16 da Bo.Bô; 40 da Dudalina; 9 de outlet; além das 34 da John John.
foto: divulgação (coleção de colaboraração entre Le Lis e Laboratorio Capri)