Santanense fez parceria com Piratapuya

Santanense faz parceria com marca Piratapuya

Antes nome do povo indígena do Território do Alto Rio Negro, Piratapuya agora é Sioduhi Studio

Entre as iniciativas de apoio a jovens estilistas, a Santanense fez parceria com a Piratapuya, fundada por Sioduhi Paulino em 2020. Mas, a partir de setembro, a marca muda de nome para Sioduhi Studio. O fundador da marca recorreu à colaboração para lançar a segunda coleção. Conforme Eleonora França, gerente de marketing da Santanense, a empresa está patrocinando a coleção Pamiri, que significa transformar, fermentar, na língua indígena.

Sioduhi é indígena do povo Piratapuya, grupo que habita o Território do Alto Rio Negro, no Amazonas. Informações veiculadas pelo criativo explicam que ele nasceu na comunidade indígena de São Francisco de Sales (Mariwá), no Médio Waupés, que fica no município de São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas.

Mas, ele não vive mais lá. Mora na capital paulista. É estudante de Modelagem de Vestuário e cofundador do Coletivo Indígenas Moda BR. Cursou Administração de Empresas, com MBA em Gerenciamento de Projetos.

Para a coleção Pamiri, da Santanense a marca trabalhou com três tecidos em 100% algodão, sem tingimento. Conforme Eleonora, a Santanense fez uma seleção que incluiu o Rochedo (sarja pesada, de aparência bull denim); o Málaga (uma tela lonada de aparência rústica e peso médio); e o Ajax (outra tela de aparência rústica, com cross leve que remete ao linho).

TINGIMENTO

Santanense faz parceria com marca Piratapuya
(Foto retirada do Facebook da marca com modelo da primeira coleção)

Para tingir os tecidos, a recomendação era usar corantes naturais. Mas o fornecedor escolhido para isso não conseguiria atender a marca dentro do prazo de planejamento. “Eles acabaram fazendo tingimento convencional”, explica a gerente.

Apesar do nome, e da intenção de valorizar a cultura do povo indígena, a Sioduhi Studio pretende alcançar também os não-índigenas que abracem a causa. Como na primeira coleção, Sioduhi manteve o perfil de moda agênero e contemporânea.

De acordo com descrição da marca, a coleção Pamiri “recorda a resistência dos 23 povos indígenas do Território do Alto Rio Negro, localizado no Amazonas, nos municípios de São Gabriel da Cachoeira, Santa Isabel do Rio Negro e Barcelos, região também conhecida como ‘Cabeça do Cachorro’.

*Essa reportagem foi atualizada porque a marca Piratapuya mudou de nome para Sioduhi Studio.