De novo, preços de itens de moda sobem muito acima da inflação oficial de novembro.

Pelo quarto mês consecutivo, a alta dos preços de moda é a maior registrada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) entre todos os produtos e serviços monitorados pela pesquisa que calcula o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Em novembro, a escalada inflacionária de vestuário pressiona o indicador, subindo
1,22% sobre outubro. De modo geral, o grupo de moda que inclui ainda calçados e acessórios, joias e bijuterias, tecidos e armarinhos avançou 1,10%, indicando que as lojas não aderiram às promoções de Black Friday.Só o aumento de vestuário corresponde a três vezes mais que a inflação oficial, que desacelerou em novembro, registrando 0,41%.
Todos os produtos do grupo que o IBGE chama de Vestuário ficaram mais caros, com exceção de joias e bijuterias que tiveram baixa de 0,10%. A maior pressão em novembro foi exercida por roupas: femininas (1,46%), infantis (1,34%) e masculinas (0,86%).
Calçados e acessórios tiveram aumento no mês de 1,03%. Tecidos e armarinhos variaram 0,22% em novembro contra outubro.
INFLAÇÃO DO ANO
Com a escalada inflacionária, o acumulado do ano de vestuário é um dos mais altos. Acumulou alta de 17,66%, levando a categoria de moda a aumento de preços de 16,25% de janeiro a novembro em relação a igual período do ano passado.
Em 11 meses, as roupas masculinas encareceram 18,92%, quando comparadas a igual período de 2021.
As roupas femininas acumulam inflação semelhante, de 18,85% no mesmo período.
Roupas infantis apresentam alta acumulada de 12,77%.
Todos os itens que formam a cesta Vestuário acumulam alta de janeiro a novembro acima da inflação oficial, exceto joias e bijuterias.
Calçados e acessórios registram alta de 15,57% em 11 meses. A categoria de tecidos e armarinhos subiu 8,70% no ano, enquanto joias e bijuterias acumulam reajuste de 3,39% no período.
INFLAÇÃO EM 12 MESES
O IPCA geral dos últimos 12 meses até novembro concentra alta de 5,90%. O grupo Vestuário apresenta variação acumulada de 18,65%, a maior entre os nove grupos que compõem o IPCA, como destaca o IBGE.
Isso porque todos os produtos de moda foram além da inflação oficial de 12 meses, menos joias e bijuterias.
Roupas voltaram a cruzar a marca acumulada de 20%. Nos últimos 12 meses até novembro, itens de vestuário aumentaram 20,26%.
As roupas masculinas acumulam inflação de 21,94% em 12 meses até novembro.
Roupas femininas registram alta no mesmo período de 21,23%, e as roupas infantis, de 15,15%.
Calçados e acessórios chegam em 12 meses até novembro com alta de 17,78%.
Tecidos e armarinhos têm variação acumulada de preços de 9,66%. Com 4,51% acumulados, joias e bijuterias ficam abaixo da inflação oficial de 12 meses.
INFLAÇÃO ACUMULADA NAS CAPITAIS
Maior mercado do país, a cidade de São Paulo registra inflação acumulada do ano em moda de 18,27%. Roupas avançam 20,26% na comparação com o mesmo período de 2021, mantendo a cidade como uma das mais caras do país para comprar itens de moda.
Também na análise dos últimos 12 meses até novembro São Paulo mantém a escalada inflacionária de moda (21,11%) e de vestuário (23,66%).
A capital mais cara do país para a categoria continua sendo Aracaju (SE) com alta acumulada em 12 meses de 24,47% em moda e de 27,48% para vestuário.
NAVEGUE PELOS GRÁFICOS
Produzidos pelo GBLjeans, os gráficos interativos mostram a inflação mensal em 2022 em moda, que o IBGE chama de grupo Vestuário, comparada à inflação oficial brasileira.
Em levantamento especial, o GBLjeans acompanha o IPCA de roupas, dividido em masculinas, femininas e infantis. Registra ainda a variação de calçados e acessórios, tecidos vendidos no varejo, joias e bijuterias.
A sequência de gráficos inclui a variação acumulada de moda e roupas em relação à inflação oficial do ano e nos últimos 12 meses.
Dois outros gráficos informam a variação acumulada de moda e roupas em 16 capitais para o ano e nos últimos 12 meses.