De janeiro a julho, Brasil exporta também mais roupas e vê importações subirem; EUA seguem como destino pouco relevante.

A exportação de denim do Brasil teve desempenho expressivo no acumulado de janeiro a julho de 2025. Somou US$28,6 milhões, que corresponde a salto de 42% em relação ao mesmo período de 2024, quando o país embarcou US$20,1 milhões. A alta foi puxada por países da América do Sul, com destaque para Argentina (US$7,4 milhões), Colômbia, Paraguai e Peru, que juntos absorveram grande parte do denim nacional.
Ao mesmo tempo, as importações de denim despencaram no período. Caíram de US$1,65 milhão para US$ 434 mil, sinalizando possível substituição por produto nacional ou desaceleração na demanda por denim importado.
Apesar do bom desempenho da exportação de denim em 2025, o setor têxtil como um todo no Brasil registra ampliação do déficit comercial. O Brasil exportou US$3,25 bilhões em produtos têxteis de janeiro a julho, queda de 7,6% sobre 2024. Já as importações aumentaram 7,7%, atingindo US$ 3,95 bilhões.
Como o denim, também o segmento de vestuário mostrou crescimento nas exportações. Assinalou alta de 6,3% para atingir US$112,1 milhões, em 7 meses. Contudo, a importação de vestuário somou US$1,35 bilhão no mesmo período, alta de 9,6% em relação a 2024. A balança do vestuário segue altamente desfavorável, com o país importando mais de 12 vezes o que exporta.
Principal item da pauta têxtil brasileira em exportação, a venda de algodão caiu 10% no ano até julho. Recuou dos US$2,99 bilhões de 2024 para US$ 2,68 bilhões. Ainda assim, o algodão representou cerca de 82% do total exportado pelo setor de janeiro a julho.
TARIFAÇO
Com os Estados Unidos, a relação comercial permanece tímida. O país foi o 12º destino das exportações têxteis brasileiras entre janeiro e julho, com US$ 49,3 milhões embarcados. Esse volume representa 6,38% das exportações brasileiras, sem incluir algodão na conta. E corresponde a apenas 1,5% considerando o total têxtil com algodão.
Na pauta bilateral, o Brasil importou R$96,73 milhões em 7 meses dos Estados Unidos, sobretudo fios e fibras de uso têxtil.
Entre os itens embarcados para os Estados Unidos, o maior volume corresponde a cordéis de sisal. Outro destaque, mas bem atrás, são maiôs e biquínis.
Consulte a seção de Indicadores de Moda para acompanhar a balança comercial mês a mês.