Avanço contrasta com queda geral nas vendas têxteis externas e remessas discretas para os Estados Unidos

A balança comercial do setor têxtil brasileiro apresenta um cenário de contrastes no 1º semestre de 2025. Enquanto a exportação de denim registra avanço significativo e sobe 56% em comparação com o mesmo 1º semestre de 2024, as vendas externas do setor têxtil recuam em um contexto de aumento das importações e incertezas no comércio internacional do Brasil ameaçado com tarifaço a partir de agosto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
De acordo com dados do sistema de controle do comércio exterior do governo federal, a exportação de denim encerra o 1º semestre de 2025 atingindo total de US$23,4 milhões. Argentina e Colômbia são os principais destinos do denim brasileiro, sem participação alguma dos Estados Unidos nas vendas externas do produto.
Em contrapartida, a importação de denim volta a cair drasticamente, mantendo as compras em patamar irrisório. No 1º semestre de 2025, o Brasil importa apenas US$ 407 mil em denim, queda de 74% em relação a igual período de 2024.
CONTRASTE COM O SETOR TÊXTIL
Apesar do bom momento do denim, o panorama das exportações têxteis do Brasil foi de retração. De janeiro a junho, o setor registra queda de 5,5% na exportação total, com US$2,9 bilhões embarcados. Dos cerca de US$500 milhões que sobram depois de subtrair a participação do algodão da balança comercial têxtil, as vendas para os Estados Unidos representam cerca de US$43 milhões em seis meses, dos quais US$10 milhões em vestuário, sobretudo maiôs e bíquinis.
A venda de algodão para o exterior corresponde a US$2,4 bilhões no semestre, baixa de 8%. Exportação de roupas soma US$95 milhões no período, crescimento de 6%.
Em paralelo, a importação brasileira de têxteis de modo geral cresce 8% para movimentar US$3,3 bilhões no 1º semestre de 2025. Desse total, a importação de roupas sustenta US$1,1 bilhão em seis meses.
BALANÇA COMERCIAL EM NÚMEROS
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