Levantamento do GBLjeans mostra ainda a balança comercial para têxtil, algodão e vestuário.

Sob efeito gangorra, a exportação de denim depois da alta de agosto sofre queda em setembro, mostra o levantamento mensal realizado pelo GBLjeans com base no sistema de controle de comércio exterior do governo federal. As vendas externas enfrentam baixa de quase
48%, registrando US$3,2 milhões em setembro.Em relação ao mesmo mês de 2021, o valor também caiu, anotando declínio de 43% sobre US$5,6 milhões.
O principal destino do denim brasileiro em setembro de 2022 foi o Paraguai, que comprou US$912 mil, o dobro do que encomendou em setembro de 2021. O mesmo aconteceu com a Bolívia que comprou US$467 mil.
Já para a Argentina os embarques somam US$351 mil, redução de 40% na comparação com setembro do ano passado. Mas para a Colômbia a exportação de denim sofre a maior queda. Recua de US$2,2 milhões em setembro de 2021 para US$319 mil em setembro de 2022.
No acumulado do ano até setembro, a exportação de denim volta a crescer, subindo 20% para US$54,9 milhões.
A Colômbia permanece como principal destino no ano, com US$13,8 milhões em denim. Seguida por Argentina com US$12,3 milhões. Em terceiro lugar, aparece o Peru com US$6,7 milhões, basicamente pelas compras efetuadas em setembro, revela o levantamento do GBLjeans.
Ainda reduzida, a importação de denim atinge US$353 mil em setembro e US$1 milhão em nove meses. Do total do ano, US$568 mil vieram do Equador e US$311 mil da China.
VENDA DE ALGODÃO DOBRA EM SETEMBRO
Pelo segundo mês consecutivo, cresce a exportação de algodão. Mais que duplicou sobre agosto para US$376 milhões. O volume representa 80% do total embarcado pelo país em setembro.
No ano, as vendas de algodão atingiram US$2,2 bilhões de janeiro a setembro, pequeno recuo de 0,26% quando comparado a igual período de 2021.
Os maiores compradores do algodão brasileiro continuam sendo China, Bangladesh e Turquia no mês. No ano, os grandes compradores de algodão são, pela ordem, China, Vietnã e Bangladesh.
BALANÇA TÊXTIL
A exportação do setor têxtil nacional alcança US$466,9 milhões em setembro, dos quais 80% sustentados pelas vendas de algodão.
Dos US$90 milhões restantes, as vendas externas de vestuário contribuíram com US$14,4 milhões, queda de 13% sobre agosto.
A importação têxtil em geral recuou quase 5% para US$573,9 milhões. Desse total, a importação de vestuário corresponde a US$131 milhões, queda de 7,3% sobre o mês anterior.
ACUMULADO EM 9 MESES
De janeiro a setembro, a importação do setor têxtil em geral cresce 19% em comparação a 2021. Movimentou US$4,4 bilhões no acumulado do ano.
Em roupas, o Brasil comprou US$1,2 bilhão, expansão de 43% sobre os primeiros nove meses de 2021. O levantamento do GBLjeans mostra que ainda US$640 milhões correspondem a peças de vestuário fornecidas pela China.
A exportação têxtil como um todo, incluindo vestuário, denim e algodão, registra alta de 4% em nove meses, comparada a igual período de 2021. Movimentou US$3,1 bilhões de janeiro até setembro.
O vestuário registrou embarques de US$134 milhões de janeiro a setembro de 2022, crescimento de 30% quando comparado ao mesmo período de 2021.
NAVEGUE PELO GRÁFICOS
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