A covid-19 deixou também seqüelas na exportação que recuou quase 60% em maio, mostrando que a indústria de jeans congelou.
Pelo segundo mês consecutivo o Brasil não importou nada de denim. A falta de comércio reflete simplesmente a pouca atividade econômica. A paralisação causada pela covid-19 deixou seqüelas também na exportação de denim, mostrando que a indústria de jeans congelou. O país fez embarques em maio avaliados em US$ 373,22 mil. O valor representa queda de 57,3% sobre o já fraco abril.
A comparação com maio de 2019 é ainda mais desfavorável. Contra os US$ 2,64 milhões exportados em maio de 2019, o recuo foi forte. Despencou 85%, revela o levantamento do GBLjeans, tendo por base o sistema de controle do comércio exterior do governo federal. O país que mais comprou denim brasileiro em maio foi o Uruguai.
Para lá foram exportados US$ 104,50 mil. A Colômbia comprou outros US$ 89,66 mil. A República Dominicana recebeu US$ 55,64 mil em denim nacional.
Principal destino do denim produzido no Brasil, a Argentina recebeu o equivalente a US$ 39,08 mil. Em maio de 2019, as encomendas argentinas somaram US$ 539,76 mil.
ACUMULADO DO ANO
Sem negócios em abril e maio, na importação de denim, o acumulado do ano contabiliza a movimentação de janeiro a março (US$ 1,65 milhão). No ano passado, de janeiro a maio, o Brasil comprou US$ 5,55 milhões.
O acumulado até maio de exportação caiu 23,48% sobre os primeiros cinco meses do ano passado. Os embarques de janeiro a maio de 2020 totalizaram US$ 9,76 milhões, contra US$ 12,76 milhões em 2019.
Nesse período, a Colômbia respondeu pela maior parte das compras, com US$ 3,02 milhões, quase o dobro do US$ 1,76 milhão de janeiro a maio de 2019. Já a Argentina teve o comportamento inverso. Cortou as compras pela metade. Saiu de US$ 3,04 milhões no acumulado do ano passado para US$ 1,48 milhão em 2020.
A mudança no mapa das exportações incluiu o Peru com aumento de compras. Subiu no acumulado do ano para US$ 1,42 milhão, contra US$ 595,29 mil no ano passado.