Setor mantém o comportamento de 2019, com pico em janeiro, seguido por três meses em queda, e expansão puxada pelo inverno.
Embora em relação ao ano passado a importação têxtil tenha recuado 21% em maio, no geral, manteve o comportamento de 2019. Teve o pico em janeiro, seguido por três meses em queda. E expansão puxada pelas compras de inverno que, provavelmente, não puderam ser canceladas a despeito da pandemia de covid-19, que fez estragos no comércio e na indústria. O Brasil importou US$ 343,30 milhões em maio. Sobre abril, corresponde a aumento de 12%.
Como de costume, quase tudo veio da China, que forneceu US$ 227,18 milhões em maio, aumento de 28% sobre abril. E crescimento de quase 9% em comparação com maio do ano passado, de acordo com o levantamento realizado pelo GBLjeans com base no sistema de controle do comércio exterior do governo federal.
De janeiro a maio, a importação têxtil em geral continua a acumular queda. Nos cinco primeiros meses de 2020, o Brasil comprou US$ 2,02 bilhões, que representam declínio de 15% no confronto com igual período de 2019. Da China vieram US$ 1,21 bilhão, 8% a menos que o volume fornecido de janeiro a maio do ano passado.
EXPORTAÇÃO TÊXTIL CONTINUA A DIMINUIR
Tanto em relação a abril de 2020, quanto a maio de 2019, a exportação têxtil em geral continua a cair. Assim como a importação, teve o pico em janeiro, e depois, a partir de fevereiro, entrou em depressão. Desde então até maio, despencou 70%. Fortemente sustentado pelos embarques de algodão, o país exportou US$ 156,06 milhões, queda de 37% sobre abril e de menos 5,5% sobre maio do ano passado.
Já o acumulado do ano mantém viés de alta, registrando US$ 1,56 bilhão em exportação têxtil até maio. Esse volume corresponde a crescimento de 34% sobre o período de janeiro a maio de 2019. Do total de 2020, a China comprou US$ 350,02 milhões, a maior parte de algodão.
O DESEMPENHO DE ROUPAS
Depois de cair 55% em abril, a importação de roupas registrou nova queda em maio (-15% sobre o mês anterior). As encomendas contabilizaram US$ 61,75 milhões. A China forneceu US$ 37,80 milhões em roupas. O confronto com maio de 2019 mostra que a importação de roupas caiu pela metade.
Também o acumulado dos cinco primeiros meses de 2020 anota queda. Recuou 19% sobre igual período do ano passado. Até maio, a importação de roupas acumulou compras de US$ 600,22 milhões.
A exportação brasileira de roupas mostrou reação em maio. Foram embarcados no mês US$ 5,10 milhões, aumento de 43% sobre o fraquíssimo abril. A comparação com maio de 2019 mostra, no entanto, redução de 66% sobre os US$ 15,12 milhões negociados então. O Paraguai figura como o maior comprador de maio, com compras de US$ 1,52 milhão, declínio profundo sobre os US$ 4,30 milhões que o país vizinho comprou em maio do ano passado.
O acumulado de janeiro a maio mostra baixa de 28%, ao registrar US$ 42,50 milhões em exportação de roupas. Nesse período, o Paraguai continua como principal parceiro comercial do Brasil, tendo comprado US$ 8,25 milhões, diminuição agressiva em relação aos US$ 14,14 milhões adquiridos nos primeiros cinco meses de 2019.
Confira abaixo os novos gráficos criados pelo GBLjeans. Você pode olhar os números agregados ou desagrupados por setor.
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