Caged de novembro mostra que o número de demissões nos fabricantes de produtos têxteis e roupas se agravou pelo oitavo mês consecutivo
Como vem acontecendo desde abril, a indústria de produtos têxteis e as confecções de vestuário mais cortaram emprego do que contrataram em novembro. No mês foram eliminadas 5.036 vagas no setor, de acordo com os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), divulgados pelo extinto ministério do Trabalho. O emprego industrial ficou positivo apenas no primeiro trimestre de 2018. Com as demissões acumuladas, a indústria cortou quase 7,5 mil postos de trabalho até novembro.
As demissões foram disseminadas entre os estados, com São Paulo liderando o corte, fechando 1.580 vagas. Santa Catarina eliminou 1.396 e o Paraná encerrou 621 postos. Juntos, formam as três praças que mais sacrificaram os empregos industriais. Poucos contrataram. A que mais admitiu foi a indústria do Rio de Janeiro, com a abertura de 195 vagas.
COMÉRCIO REFORÇA QUADRO DE FINAL DE ANO
Como de costume para essa época do ano, o comércio contratou mais gente, para fazer frente ao movimento mais intenso das festas de final de ano. Desde setembro, a variação se mantém positiva. Em novembro foi o pico das contratações. Só no varejo foram abertas 23.556 vagas. A oferta foi positiva em todos os estados. São Paulo foi o mercado que mais contratou, com a oferta de 7.021 novos empregos. Outros dois destaques são Rio de Janeiro (3.700) e Minas Gerais (1.863).
O nível de emprego no comércio atacadista também melhorou, com o aumento de 373 vagas em novembro. Só em São Paulo foram 124 mais postos que em outubro. Mas, ao contrário do varejo, o atacado em alguns estados ficou com saldo negativo. O que mais cortou empregos foi Alagoas com o fechamento de 29 vagas.
NÍVEL DE EMPREGO BRASIL
Segundo o Caged, o Brasil criou 58.664 vagas de emprego com carteira assinada em novembro a mais do que tinha em outubro. As contratações adicionais ficaram concentradas nos setores de serviços e comércio. O primeiro abriu 34,3 mil vagas e o segundo, 88,5 mil. Os demais segmentos apresentaram saldo negativo, quando as empresas mais demitem do que contratam.