Os dados de janeiro do Caged mostram, porém, o comércio com saldo negativo devido ao desligamento dos temporários
Como ocorreu em 2018 e 2017, a indústria têxtil e de confecção de vestuário iniciou o ano abrindo vagas. Depois de nove meses seguidos de demissões, o setor criou 9.276 postos de trabalho com carteira assinada em janeiro. Segundo dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), Santa Catarina foi o estado que mais aumentou a oferta de vagas formais no mês, com saldo favorável de 5.097 novos empregos. São Paulo aparece em seguida mediante saldo positivo de 2.037 vagas e depois o Paraná com 1.010 postos a mais.
Pelo balanço do Caged, 18 estados brasileiros mais contrataram que demitiram entre os fabricantes de produtos têxteis e de roupas. Outros nove registraram saldo negativo, com as empresas enxugando o quadro. Paraíba foi o estado onde a indústria do setor mais cortou vagas formais. Foram fechados em janeiro 270 postos de trabalho.
MÊS É RUIM PARA O MERCADO DE TRABALHO NO COMÉRCIO
Com o fim dos contratos dos temporários, que reforçam as equipes do comércio no movimento do final de ano, janeiro tradicionalmente é um mês ruim para o emprego nesse mercado. Só o varejo cortou 28.714 vagas com carteira assinada, sendo que o maior saldo negativo restou para São Paulo que eliminou 7.662 vagas. Rio de Janeiro cortou 5.504 vagas e Minas Gerais fechou 2.784 vagas. Nenhum estado ficou com saldo positivo no varejo.
Já o comércio atacadista fechou 62 postos em janeiro. Só o Rio de Janeiro descartou 51 vagas e São Paulo outros 29. Mas, ao contrário do varejo, em alguns estados os atacadistas mais contrataram que demitiram, como foi o caso do Paraná que criou 49 empregos no mês, liderando a oferta.
NÍVEL DO EMPREGO NO BRASIL
Conforme o Caged, o Brasil de modo geral criou 34.313 vagas de emprego com carteira assinada em janeiro. O aumento foi puxado mais uma vez pelo setor de serviços.