Contratações das confecções de roupas são três vezes mais que de têxteis, enquanto comércio demite como ocorre depois de dezembro.

Mesmo com a piora da pandemia de covid-19 a partir de dezembro, a indústria entrou o ano abrindo vagas de empregos formais. Conforme o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foram as confecções de roupas que mais contrataram em janeiro no setor. O saldo do mês registra
13.375 novos postos de trabalho no segmento, ainda refletindo a alta de produção observada no final de 2020.Os grandes polos confeccionistas lideraram a alta. Santa Catarina abriu 4.513 vagas. Seguido por Paraná (1.978), São Paulo (1.913), Minas Gerais (1.534) e Ceará (870). No saldo total da atividade, 9.878 novas vagas foram ocupadas por mulheres e 3.497 por homens.
Ainda que a produção da indústria têxtil tenha recuado em janeiro, de acordo com pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o segmento também registra saldo positivo de empregos. Abriu 5.206 vagas formais em janeiro. Dessas, 2.156 para mulheres e 3.050 para homens.
Mas se a indústria entrou o ano contratando, o comércio demite como sempre acontece depois de dezembro, quando elimina os empregos temporários abertos para reforço das vendas de final de ano.
Conforme o Caged, o varejo de roupas cortou 16.330 empregos. Nessa conta, foram demitidas 12.453 mulheres e dispensados 3.877 homens.
O comércio atacadista de roupas ficou com menos 16 postos do que tinha em dezembro.
EMPREGOS NO BRASIL
Em janeiro, o país criou 260 mil empregos com carteira assinada. Embora os cinco setores da economia analisados pelo Caged apresentaram saldo positivo em janeiro, a indústria geral foi o setor que mais contratou. Abriu 90.431 vagas, das quais 87.162 na indústria de transformação.
O total de empregos com carteira assinada no Brasil somou 39.623.321 em janeiro, mostra o levantamento do Caged.