Tanto têxtil quanto vestuário reduziram produção física, não acompanhando a discreta variação positiva de 0,1% da média do setor industrial como um todo.
Irregular, o comportamento da produção física da indústria brasileira de produtos têxteis e de vestuário terminou abril em queda. Depois de aumentar o volume produzido nos primeiros três meses do ano, os fabricantes do setor têxtil seguraram o ritmo, com queda de 1,8% sobre março, acentuando as perdas em relação a abril de 2015. Produziu 10,1% a menos em 2016, na comparação entre os dois meses.
Vestuário manteve a oscilação e voltou a cair em abril, recuando a produção em 3,1% em relação ao mês anterior, a maior do ano para o segmento, mostram os dados da Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física, divulgada hoje, 02 de junho, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Sobre abril de 2015, a diferença ficou mais acentuada. As confecções cortaram em 12,9% a quantidade de itens confeccionados.
Ainda é cedo para avaliar se a redução pode estar associada às temperaturas altas que se estenderam do verão até meados do outono, prejudicando as vendas dos lançamentos de roupas para a estação no varejo e inibindo a reposição de estoques com reflexo sobre toda a cadeia produtiva. A indústria como um todo repetiu a variação positiva observada em março, contudo, em ritmo bem inferior. De acordo com o IBGE, a produção da indústria brasileira teve discreto aumento de 0,1%, com 11 segmentos de atividade em crescimento e 13 em queda.