Pelo terceiro mês, o setor de têxteis aumenta empregos, também vestuário tem saldo positivo, enquanto varejo continua a demitir.

Conforme os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), a indústria recupera vagas em agosto. Para a indústria têxtil, é o terceiro mês em alta. A reação tímida começou desde junho. Subiu em julho, para atingir
4.736 novos empregos com carteira assinada em agosto, de acordo com o levantamento do GBLjeans. Já para a indústria de vestuário se trata da primeira alta depois de cinco meses em queda. O segmento abriu em agosto 2.135 vagas formais.Novamente, o comércio atacadista de roupas seguiu o comportamento da indústria têxtil. Pelo terceiro mês, contratou mais do que demitiu. O saldo é positivo em 88 mais empregos do que mantinha em julho de 2020.
A indústria de vestuário mantém a rota de declínio iniciada em janeiro, embora reduzindo a velocidade dos cortes. Encerrou agosto com 1.261 postos de trabalho fechados.
COMPORTAMENTO DO EMPREGO NOS ESTADOS
Santa Catarina puxou as contratações. Em agosto, a indústria recupera vagas no estado, com a abertura de 1.766 empregos de carteira assinada no segmento têxtil. Mas o aumento no nível de emprego foi generalizado pelo país nessa área.
A indústria catarinense também se destaca entre as confecções de roupas. Em agosto, abriu 1.015 vagas a mais.
Pesou para a variação negativa no varejo de roupas, o desempenho dos estados do sudeste (-1.187) e do sul (-488). Já o atacado de roupas teve crescimento nas cinco regiões.
Navegue pelo gráfico abaixo, para conferir a situação nos quatro segmentos em seu estado. Também consegue avaliar a evolução dos empregos de homens e mulheres no setor.
ACUMULADO DO ANO
Ainda que no mês a indústria recupera vagas, o acumulado do ano permanece negativo. Os cortes na indústria têxtil totalizam 4.260 menos empregos. Na indústria do vestuário, a situação é mais grave. Até agosto, as confecções fecharam 58.346 vagas.
O varejo de roupas eliminou 112.635 postos de janeiro a agosto. O atacado de roupas fechou 3.203 empregos, conforme dados do Caged.
NÍVEL DO EMPREGO NO BRASIL
Em agosto, no país todo, as empresas criaram 249.388 vagas de emprego formal, segundo o Caged. A indústria de transformação influenciou o desempenho ao gerar 90.277 vagas.