Em outubro, confecção de vestuário e comércio criaram mais vagas de emprego formais do que no mês anterior, informa Caged.

Mesmo registrando cinco meses em alta, a indústria têxtil abriu menos vagas de emprego formais em outubro que no mês anterior. O levantamento realizado pelo GBLjeans no Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) indica que o segmento criou
4.090 postos de trabalho. Representa queda de 30% sobre as novas vagas de outubro.Se a indústria têxtil abriu menos vagas, os demais segmentos continuaram a contratar mais do que demitir em outubro. As confecções de vestuário abriram 11.612 vagas, aumento de 27% sobre o mês anterior.
Tradicionalmente o último trimestre do ano é sempre mais aquecido para o emprego no comércio por causa do movimento das festas. Mas em 2020, desde setembro o varejo de vestuário registra saldo positivo na oferta de empregos com carteira assinada, de acordo com o Caged. Fechou outubro com saldo de 12.035 empregos criados, três vezes maior que o anotado em setembro.
Também o comércio atacadista de roupas aumentou as contratações, em desempenho semelhante. O Caged mostra que o saldo de outubro superou duas vezes e meia o saldo de setembro, o maior do ano. Abriu 1.039 postos de trabalho com carteira assinada.
O aquecimento desde agosto não foi suficiente para reverter as perdas em três das quatro atividades. Confecção acumula perda no nível de emprego até outubro, com 40.201 menos vagas na comparação com igual período do ano passado.
Veja no gráfico abaixo produzido pelo GBLjeans, a variação mensal do nível de emprego nos quatro segmentos de janeiro a outubro.
O varejo de vestuário registra 100.220 menos postos e o atacado, menos 2.143. Só a indústria têxtil alcançou saldo positivo no ano, com 5.051 mais empregos que em 2019.
NÍVEL DO EMPREGO NO BRASIL
Em outubro, no país todo, as empresas geraram 394.989 mais vagas de emprego formal do que em setembro, de acordo com os dados do Caged.