Recuo pode estar associado apenas ao período de liquidação das coleções de inverno.
Após quatro meses em alta, a inflação de roupas cai 0,18% em julho em relação a junho. O recuo pode estar associado apenas ao período de liquidação das coleções de inverno, diante de dias de temperaturas mais altas que o normal. No entanto, o acumulado do ano também indica que os reajustes dos preços de roupas vêm perdendo a força. Desceu para 0,37% em sete meses, conforme a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que calcula o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial brasileira.
A inflação de roupas cai em julho puxada pelo recuo nos preços do vestuário feminino (-0,39%) e infantil (-0,74%). Já as roupas masculinas continuam a pressionar o índice com alta de 0,37% no mês.
Outros itens que compõem a cesta de moda monitorada pelo IBGE também apresentaram desaceleração na passagem para julho. Calçados e acessórios registram queda de inflação para 0,47%. Os preços de tecidos e armarinhos caíram 0,13%. Junto com roupas masculinas, joias e bijuterias assinalam variação positiva, de 0,04%.
Esse comportamento dos preços levou a inflação de moda para patamar negativo (-0,24%) em jullho.
INFLAÇÃO ACUMULADA
Se no primeiro semestre apenas roupas femininas acumulavam inflação em baixa, com os resultados de julho o acumulado do ano inclui variação negativa também para roupas infantis. Em sete meses, a inflação de roupas femininas recua 0,67% sobre igual período de 2022. A inflação do vestuário infantil acumula baixa de 0,18%.
Roupas masculinas não dão sinais de que pararam de subir. Em sete meses, encareceram 1,91%. Da mesma forma, calçados e acessórios continuam a ficar mais caros, subindo 3,26%.
Joias e bijuterias acumulam alta em 2023 de 1,22%, enquanto tecidos sobem 0,66%.
Ainda assim, a inflação de moda desacelera para 1,16% no acumulado de janeiro a julho.
Pela análise dos últimos 12 meses até julho, a inflação de moda anualizada acumula alta de 8,76%. A inflação de roupas ronda o mesmo patamar, registrando 8,65%.
Roupas masculinas mantêm o acumulado em dois dígitos, com alta de 10,09% em 12 meses. No mesmo período, a inflação de roupas femininas atinge 8,28% e a de roupas infantis, 6,80%.
Também calçados e acessórios permanecem com inflação de dois dígitos, com alta acumulada de 10,23% em 12 meses até julho.
Já joias e bijuterias, tecidos e armarinhos são itens que ficaram abaixo da inflação brasileira de 12 meses (3,99%): 3,85% e 3,42%, respectivamente.
GRÁFICOS MOSTRAM MAIS DADOS
Produzidos pelo GBLjeans, os gráficos mostram mais dados sobre o comportamentos dos preços de moda. Como os gráficos são interativos permitem isolar variáveis e fazer comparações de interesse do leitor.
Os gráficos contém a inflação mensal de janeiro a junho de 2023 de todos os itens de moda, além da inflação oficial brasileira.
Também mostram o desempenho acumulado da inflação no semestre de roupas, dos outros itens da cesta, de moda em geral e da inflação oficial.
Em roupas, o GBLjeans mostra a variação dos preços em vestuário masculino, feminino e infantil.
Na abordagem por capitais, os gráficos do GBLjeans exibem o comportamento dos preços de moda e roupas em 16 cidades. Em São Paulo, a inflação de roupas recuou 0,04% no primeiro semestre. Vá até o gráfico para ver as demais capitais.
Além disso, tem o gráfico com a variação dos preços em 12 meses que é importante para mostrar a tendência da inflação para o ano.
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