Corresponde quase ao dobro da inflação oficial acumulada de janeiro a junho no país.

Ao alcançar no primeiro semestre
9,14%, a inflação de moda acumulada é a maior entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Nesse segmento, só a inflação de roupas bate os 10% no período. Ficou em 10,14%, quase o dobro da inflação oficial brasileira para os primeiros seis meses do ano (5,49%).Os preços das roupas masculinas continuam a exercer a maior pressão. De janeiro a junho encareceram 11,08%.
Para as roupas femininas, o aumento acumulado registra 10,86%.
Mesmo menor, as roupas infantis com 6,89% acumulado no semestre ficaram acima da inflação oficial para o período.
De forma geral, todos os itens que formam a cesta que o IBGE chama de Vestuário ficaram mais caros.
Calçados e acessórios também ficaram acima da inflação, acumulando alta de 8,30% entre janeiro e junho.
A categoria de Tecidos e armarinhos subiu 5,37% em seis meses. Joias e bijuterias acumulam reajuste de 1,13% no período.
ALTA DE JUNHO
Pelo segundo mês consecutivo a inflação de moda registra a maior variação entre os produtos e serviços pesquisados pelo IBGE para calcular o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Enquanto a inflação oficial brasileira avançou 0,67% de maio para junho, a inflação de moda vai a 1,67% no mês. A inflação de roupas foi além, com variação de 1,97%.
Em relação a maio, as roupas masculinas encareceram 2,19%.
Na passagem de um mês para o outro, as roupas femininas ficaram 2% mais caras em junho.
As roupas infantis tiveram reajuste médio de 1,49% no mês.
Calçados e acessórios subiram 1,21% em junho, enquanto tecidos variaram 1,20% sobre maio. Joias e bijuterias tenderam à estabilidade com pequena variação positiva de 0,09%.
ACUMULADO DE 12 MESES
O desempenho de junho levou o acumulado dos últimos 12 meses da inflação brasileira a atingir 11,89%, o dobro da meta projetada para o ano, mostra a pesquisa do IBGE.
Nos mesmos 12 meses, a inflação de roupas bate quase os 20%, acumulando alta de 18,33%.
Roupas masculinas continuam a pressionar e acumulam 20,81% de inflação em 12 meses até junho.
As roupas femininas registram inflação em 12 meses de 18,07%, e as roupas infantis, de 14,52%.
Moda manteve o comportamento dos preços acima do patamar da inflação oficial, com alta acumulada em 12 meses de 16,61%, a maior variação entre todos os nove grupos de produtos e serviços analisados pelo IBGE.
No período, Calçados e acessórios acumulam inflação de 15,07%; Joias e bijuterias de 4,09%); Tecidos e armarinhos de 10,43%.
INFLAÇÃO ACUMULADA NAS CAPITAIS
Ao final do primeiro semestre, cinco capitais que são tratadas como destaque na pesquisa do IBGE cruzaram a barreira dos 10% de inflação acumulada: Aracaju, Salvador, Goiânia, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Em roupas, são seis capitais, incluindo São Paulo, pela primeira vez no semestre.
A análise dos últimos 12 meses até junho mostra a escalada inflacionária de moda, e de roupas, em particular. Salvador já cruzou a marca de 30% para inflação de roupas em maio e aumentou em junho. Três capitais ultrapassaram os 20% acumulados em 12 meses moda e quatro ficaram acima dos 20% acumulados em roupas.
NAVEGUE PELOS GRÁFICOS
Produzidos pelo GBLjeans, os gráficos interativos mostram a inflação mensal em 2022 em moda, que o IBGE chama de Grupo Vestuário, comparada à inflação oficial brasileira.
Em levantamento especial, o GBLjeans acompanha o IPCA de roupas, dividido em masculinas, femininas e infantis. Mostra ainda a variação de calçados e acessórios, tecidos vendidos no varejo, joias e bijuterias.
A sequência de gráficos inclui a variação acumulada de moda e roupas em relação à inflação oficial no ano e nos últimos 12 meses.
Outro gráfico informa a variação acumulada de moda e roupas no ano em 16 capitais. Também indica a inflação acumulada de moda e roupas nessas cidades em 12 meses.
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