No setor, as empresas seguraram o ritmo de atividade, mas aceleraram os reajustes de preços, mostram os dados da pesquisa do IBGE.
Os indicadores de IPP e produção industrial de janeiro mostram um descompasso. As empresas do setor desaceleraram o ritmo de atividade ou cortaram produção no mês em relação a dezembro. Mas a mesma comparação assinala
que os preços industriais dispararam no início do ano, tanto no segmento têxtil, quanto entre as confecções de vestuário.O IPP (Índice de Preços ao Produtor), que calcula a inflação da indústria, registrou aumento de 2,35% nos preços de roupas negociadas no atacado em janeiro sobre dezembro. Conforme a pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no mesmo período, os fabricantes de artigos têxteis aumentaram os preços em 2,63%.
O IPP geral que não para de subir desde agosto de 2019 avançou 3,36% em janeiro.
O confronto com janeiro de 2020 dá a dimensão dos aumentos. Para têxtil, os preços subiram 23,45%, ficando acima da média da indústria como um todo nessa comparação que foi de 22,96%. Já os preços das roupas ficaram 5,31% mais altos que em janeiro de 2020.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL ESFRIA
O setor que fechou 2020 com produção em queda começou 2021 sem muito ânimo. Os dados da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE registram que em janeiro a indústria têxtil produziu menos 2,50% em relação a dezembro que foi um mês bastante forte para o setor, com aumento de 15,40% sobre novembro.
Também as confecções de vestuário frearam o ritmo e repetiram o nível de dezembro quando a produção cresceu 11,50%.
A produção da indústria brasileira aumentou 0,40%, a nona alta consecutiva, conforme o IBGE. E foi sustentada por 11 dos 26 ramos industriais analisados. Outros 14 mostraram cortaram produção.
Sobre janeiro de 2020, contudo, a alta foi intensa: 21,7% para têxteis, o segmento da indústria como um todo que mais cresceu nessa comparação; e 6,7% para as confecções.
A média da indústria como um todo foi de 2%.
OS INDICADORES DE IPP E PRODUÇÃO
