Já a produção e os preços industriais das têxteis caem em julho, mostra IBGE.

A inflação industrial de vestuário acelerou
3,45% em julho sobre junho. O IPP de roupas corresponde à terceira maior alta do mês para o Índice de Preços ao Produtor entre 24 atividades.A taxa de julho também é a terceira mais alta já registrada pela atividade desde o início da série histórica do IPP, iniciada em 2014, afirma o IBGE. Ficou abaixo de fevereiro de 2015 (4,11%), e de janeiro de 2018 (4,07%).
Conforme a pesquisa, em julho, o avanço dos preços das roupas no país só perdeu para as indústrias extrativistas (3,61%) e de metalurgia (3,68%).
Da mesma forma, o índice de julho reflete a quarta alta seguida na inflação de roupas, uma vez que com dados revisados pelos IBGE, a produção industrial muda a foto do setor de vestuário. A queda de 1,12% em junho foi revertida para aumento de 0,67%.
Já o setor de produtos têxteis registra em junho a primeira queda mensal de preços industriais desde julho de 2020.
O IPP têxtil recuou 0,49% em julho de 2021 sobre junho de 2021.
Com alta de preços em 20 das 24 atividades monitoradas, a indústria em geral acelerou 1,94% em julho, na comparação com junho.
PRODUÇÃO CRESCE
Além de aumentarem os preços industriais, as confecções de roupas também produziram mais peças em julho, quando comparadas a junho. A atividade produziu mais 2,70%, a quarta maior alta da indústria em julho. O dado consta da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), realizada pelo IBGE.
A indústria de artigos têxteis manteve a curva de desaceleração iniciada desde janeiro de 2021, e que só foi quebrada em junho. Para aquele mês, o IBGE revisou o crescimento para 0,50% (o índice anterior apontara para aumento de 1,80%).
Dessa forma, o setor têxtil acompanhou o desempenho geral em julho, que indica queda de 1,30% na produção industrial do país. Também a performance da indústria como um todo foi revista para junho. Saiu de estabilidade para redução de 0,20%.
ACUMULADO
No acumulado de sete meses, para vestuário e têxteis, a produção industrial e o IPP acumulam alta, na comparação com igual período de 2020.
Para o aumento do IPP de roupas, o IBGE destaca a pressão “dos custos de aquisição de matérias-primas e dos custos de produção”.
De janeiro a julho, vestuário aumentou os preços industriais em 12,78%. A produção cresceu ainda mais, subindo 36,20% no acumulado do ano.
Nos mesmos sete meses, a indústria têxtil acumula alta de IPP de 13,87% e de 30,30% em produção, conforme o IBGE.
Ambas as atividades continuaram a operar abaixo da média geral do IPP geral, que teve alta acumulada de 21,39%.
Mas ambas operam acima do índice da produção da indústria em geral, que registrou alta acumulada de 11%.
RECUPERAÇÃO
Analisado em 12 meses, o acumulado mostra igualmente crescimento. De junho de 2020 a julho de 2021, o IPP de roupas subiu 16,38% e o de têxteis, 27,66%.
O IPP da indústria em geral aumentou 35,08%.
A análise dos últimos 12 meses mostra produção de vestuário em alta de 11,90% e a produção da indústria têxtil com expansão de 21,20%, de acordo com as pesquisas do IBGE.
A indústria como um todo produziu 7% a mais no mesmo período de análise.
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