É o primeiro recuo registrado no ano pela área de vestuário, com redução maior que a média do setor industrial como um todo que foi de menos 0,24%.
Com preços em alta desde janeiro, em patamares superiores aos praticados pela indústria da transformação como um todo, as confecções de vestuário e acessórios registraram deflação em maio pela primeira vez no ano, seguindo a trajetória de queda de preços observada na área industrial, de acordo com o levantamento mais recente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para medir o IPP (Índice de Preço ao Produtor). A média geral caiu 0,24%, ficando o recuo das confecções ainda maior, com queda de 0,49% para os preços no atacado em maio. Já a indústria têxtil continuou a escalada de preços ao produtor, se bem que com sinais de desaceleração ao registrar reajuste de 0,10%.
Para a redução do preço das confecções aos lojistas, contribuíram basicamente duas categorias de produtos: os artigos em malha, como camisetas, e as calças femininas. Na têxtil, os itens que mais pressionaram a alta de preços foram os tecidos de algodão, entretelas e fios de algodão. O IPP mede a evolução dos preços de produtos, sem incorporar impostos ou frete, de 23 setores da indústria de transformação do Brasil.
No acumulado do ano, contudo, a tendência permanece de alta. Entre os artigos de vestuário o aumento de janeiro a maio atingiu 5,79%, sendo a segunda categoria que mais arrochou os preços, perdendo apenas para máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com alta de 6,79%. O aumento dos preços ao produtor no setor têxtil foi de 3,56% no período. Ambas as atividades promoveram no acumulado do ano alta superior ao índice de 1,09% atribuído à indústria de transformação como um todo.