Nível de emprego sofre em São Paulo

Pesquisa da Fiesp, indica que o setor de produtos têxteis e confecção de vestuário eliminaram juntos quase 5,2 mil vagas em agosto.

A indústria de transformação paulista fechou mais um mês em retração. Em agosto, cortou 26 mil vagas, das quais 5.196 foram cortes impostos pelos setores de produtos têxteis e de confecção de vestuário, mostra a pesquisa sobre o Nível de Emprego, realizada mensalmente pelo Deartamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). Junto com as empresas de produtos de metal (-5.116), máquinas e equipamentos (-4.865), produtos de borracha e material plástico (-2.967), os dois setores da moda formam as cinco atividades que mais demitiram no mês em todo o estado.

A indústria de produtos têxteis fechou 2.229 vagas, enquanto as confecções eliminaram 2.967 postos de trabalho. De acordo com a pesquisa, dos 22 setores monitorados, 17 reduziram o quadro, três ficaram estáveis e dois registraram contratações. O relatório explica que “o setor de alimentos se destacou com a criação de 338 vagas, em função da demanda por produtos alimentícios típicos de final de ano, como o panetone”.

Em relação às regiões consultadas para a pesquisa, das 36 zonas, 29 reportaram demissões, seis contrataram e uma ficou estável. Segundo o relatório, Bauru reduziu em 2,83% o nível de emprego da região pressionada pelos cortes efetivados por empresas do setores de produtos de metal (-26,12%) e de confecção de vestuário (-5,14%). Já a região de Santos sobressaiu positivamente, apresentando alta de 1,25%, estimulada pelas confecções, com crescimento de 10,96% na força de trabalho, atribuído “à chegada do verão e do aumento da procura por moda praia”, explica o Depecon.