Já a indústria têxtil brasileira completa, em fevereiro, quatro meses com crescimento do ritmo produtivo, diz pesquisa do IBGE.
Com a queda de atividade em fevereiro, a indústria de confecção de vestuário completa dois meses de produção em baixa. Recuou 0,4% sobre janeiro. Dessa forma, o primeiro bimestre de 2020 acumula perda de ritmo de 1,8% em relação a igual período de 2019. Sobre fevereiro de 2019, o declínio é ainda maior, com corte de 3,6%. A queda aponta para a menor produção de calças, camisas masculinas, bermudas, shorts e jardineiras. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM-PF), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Já a indústria têxtil apresenta desempenho bem diferente. Em fevereiro, a produção têxtil avançou 1,1% e registrou quatro meses em crescimento. Acumulou assim nos dois primeiros meses de 2020 alta de 2,5%. Sobre fevereiro de 2019, o aumento foi de 3%, mostra o levantamento mensal.
Também o setor industrial brasileiro como um todo manteve a variação positiva, tendo expandido 0,5% em fevereiro. O acumulado do ano é, no entanto negativo, recuando 0,6% quando comparado ao ritmo industrial nos dois primeiros meses de 2019. Sobre fevereiro do ano passado, a redução foi de 0,4%. Conforme análise do IBGE, dos 26 ramos industriais que a pesquisa acompanha, 15 mostraram desempenho positivo.
O setor que mais produziu em fevereiro foi o de cigarros, com alta de 6,9%. Na ponta oposta, ficou a indústria de outros equipamentos de transportes, que teve queda de 8,7%. De acordo com André Macedo, gerente da pesquisa do IBGE, o desempenho de automóveis e caminhões ajuda a explicar o resultado da indústria no começo do ano, depois da perda do ano passado. “Houve férias coletivas em novembro e dezembro, e com a volta da produção nos primeiros meses de 2020, é natural que representem impulso de crescimento”, explica o executivo.