Em outubro, enquanto a produção caiu, a alta no atacado não dá tregua.

Em 10 meses, os preços industriais de roupas e itens têxteis só registraram variação negativa uma vez. A queda em roupas foi em abril e a de têxteis em julho. Ao longo do ano predominou a pressão inflacionária. Outubro não
foi diferente e mantém a curva ascendente. Os preços de artigos têxteis subiram 2,44% e os de vestuário avançaram em menor escala, 0,44%. Os dados publicados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que, novamente, produção e preços da indústria descolam.A produção do setor caiu fortemente. A de têxtil recuou 7,7% em outubro em relação a setembro, e a de roupas diminuiu 4,1%.
O comportamento de produção e preços da indústria descolando disseminou-se pelas atividades produtivas em geral. A indústria como um todo registra aumento de 2,16%, conforme a pesquisa que calcula o IPP (Índice de Preços ao Produtor). E de acordo com a PIM (Pesquisa Industrial Mensal) a produção encolheu 0,60%.
Segundo análise do IBGE, o enfraquecimento da atividade industrial no país reflete ainda os efeitos da pandemia de covid-19, que desarticulou a cadeia produtiva. O descompasso provocou aumento de custos e desabastecimento. Soma-se ao cenário, a inflação elevada que corrói o poder de compra da população.
ACUMULADO
Em dez meses, tanto a indústria têxtil quanto a de vestuário acumulam alta de produção em relação a igual período de 2020. Assim como a indústria em geral mantém variação positiva.
- Produção de roupas = 19,5%
- Produção têxtil = 15,4%
- Indústria geral = 5,7%
O acumulado até outubro também mostra aumento expressivo dos preços industriais.
- IPP de vestuário = 14,6%
- IPP têxtil = 22,1%
- IPP geral = 26,5%
12 MESES
A análise dos últimos 12 meses até outubro mostra igualmente crescimento nos dois indicadores.
- Produção de roupas = 16,3%
- Produção têxtil = 15,9%
- Indústria geral = 5,7%
- IPP de vestuário = 16,3%
- IPP têxtil = 25,5%
- IPP geral = 28,8%
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