Têxteis e roupas estão entre os ramos que mais reduziram atividade em 2018, ano no qual a indústria como um todo cresceu 1,1%
Como o desempenho mensal já sinalizava, o setor de têxteis e vestuário terminou o ano com produção industrial em baixa. Acumulou em 2018 queda de 3,3%, entre as confecções, e queda de 2,4% em itens têxteis. A Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIM-PF) aponta que as duas atividades estão entre os quatro ramos que mais reduziram o volume produzido, de um total de 15 que encolheram no ano. A indústria como um todo fechou 2018 com alta de 1,1% sobre 2017, quando voltou a crescer, depois de três anos seguidos de taxa negativa, destaca o estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O cenário foi pior que o traçado em meados de dezembro pela Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) que projetava redução de 2% na produção física do setor. Em dezembro, os fabricantes de itens têxteis produziram menos 2,6% que em novembro, mês que registrou variação negativa de 2,8%. Já as confecções de vestuário tiveram desempenho positivo no último trimestre do ano, com alta em dezembro de 0,2% sobre o mês anterior, a mesma taxa de crescimento da indústria brasileira em geral, mostra a pesquisa do IBGE.
COMPORTAMENTO DA PRODUÇÃO DESDE 2014
Com a queda de produção industrial em 2018, o setor de têxteis e roupas interrompeu a retomada ensaiada em 2017. Naquele ano, os têxteis cresceram 5,6% e o vestuário 3,5%, revelam os dados de série histórica do IBGE. Até então, desde 2014, a indústria do setor vem diminuindo. Caiu 6,6% em têxteis e recuou 3% em 2014. A situação agravou-se em 2015, quando têxteis viu o nível de atividade despencar 15% e o de vestuário diminuir 11,7%. Ambos os segmentos enfrentaram nova redução no ano seguinte. Em 2016, as confecções de roupas produziram menos 5,8% e os fabricantes de produtos têxteis, menos 4,6%.