Em julho, apenas vestuário e tecidos ficaram mais baratos para o consumidor em função do grande volume de promoções realizado pelo varejo.
Mesmo ante um movimento inflacionário que persiste ininterruptamente desde 2013 – em julho o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acusou alta de 0,62% sobre junho -, a categoria Vestuário (que engloba roupas, tecidos, calçados e jóias) apresentou queda de preços de 0,31%, revela a pesquisa mensal que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou nessa sexta-feira, 07 de agosto. O segmento foi o único a exibir indicador negativo (-0,31%), influenciado pelo grande volume de promoções realizadas pelo varejo.
Contudo, dentro da categoria, apenas roupas e tecidos reduziram preços em relação ao mês anterior. Os dois outros itens, calçados e jóias, tiveram alta de 0,10% e 0,60% respectivamente. A queda no preço dos tecidos vendidos no varejo foi de 0,12%. A maior influência para o recuo do IPCA na categoria veio das roupas, que cortaram preços quase no mesmo patamar: infantil (-0,60%); femininas (-0,58%); e masculinas (-0,57%), mostram os resultados da pesquisa.
Nas capitais, os reajustes altos, acima de 1%, que vinham perdendo força até junho, desapareceram em julho, mudando o panorama. Em julho, Belo Horizonte foi a cidade mais cara, aplicando reajuste de 0,75%, puxado sobretudo pelo aumento em roupas femininas de 1,45%, mas com queda em roupas masculinas (-0,47%), roupas infantis (-0,36%) e em tecidos (-0,42%). A s outras duas cidades que aumentaram preços foram Curitiba (0,40%) e Vitória (0,17%).
As demais dez capitais registraram IPCA negativo, tendo Recife por destaque com redução de 1,13%, praticamente anulando a taxa de alta que apresentou no mês passado. Na capital pernambucana, o preço das roupas caiu consideravelmente, enquanto os tecidos ficaram 2,61% mais caros. Também os preços de roupas caíram em Salvador (-1,2% em média) e os tecidos subiram 0,62%.