Em setembro, as vendas do comércio avançaram acima da baixa apurada no mês anterior, ainda assim o acumulado do ano ficou negativo.
A despeito da reação de julho, o acumulado do ano do varejo de moda continua negativo. Nem mesmo a alta de 3,30% de setembro em volume, que anulou a baixa de 2,1% de agosto, foi suficiente para reverter o cenário. E a atividade mantém a perda de ritmo, revela a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). De janeiro a setembro, o comércio de roupas, tecidos e calçados enfrenta queda sobre igual período do ano passado. Caiu 0,3% em volume de vendas, mas subiu 0,6% em receita nominal.
O crescimento mensal das vendas de moda ficou muito acima do avanço do comércio varejista brasileiro em geral. Em receita nominal, moda aumentou 3,4%, em setembro. Conforme a pesquisa do IBGE, o varejo como um todo cresceu 0,7% em setembro sobre agosto tanto em volume quanto em receita. É o quinto resultado positivo seguido, indicando maior dinamismo na atividade. O acumulado do ano aponta para alta de 1,3% em volume e de 4,6% em receita, mostrando que o varejo vendeu mais e reajustou preços. Segundo o IBGE, apenas uma das oito atividades econômicas acompanhadas pela pesquisa enfrentou queda de vendas. Equipamentos e materiais para escritório informática e comunicação registraram redução de 2% em relação a agosto.
DESEMPENHO DOS 12 ESTADOS
Novamente o grupo de 12 estados acompanhado pela pesquisa de comércio do IBGE revela que metade teve aumento de vendas no acumulado do ano, como ocorreu em agosto. A outra metade continua a enfrentar redução nos negócios. Em comparação com os nove primeiros meses de 2018, o melhor desempenho continua sendo anotado pelo varejo de moda do Rio Grande do Sul.
As vendas acumularam alta de janeiro a setembro de 9,5% em volume e 8,8% em receita. São taxas muito próximas às registradas em agosto, indicando estabilização em setembro. Correspondem a um resultado muito bom quando se observa que o comércio em geral do estado teve um desempenho bem mais discreto. Subiu 1,7% em volume e 5,2% em receita.
Também o Espírito Santo continua aquecido entre as lojas de roupas e calçados. Acumula expansão de 8,4% em volume e de 9,3% em receita.
Minas Gerais continua como o varejo de moda que mais tem sofrido ao longo de 2019. O recuo em volume acumula redução de 6,2% sobre os nove primeiros meses de 2018 e declínio de 6,2% em receita.