O aumento das vendas em março não foi suficiente, porém, para compensar as perdas de fevereiro e o trimestre fecha em baixa em relação a igual período do ano passado
Diante da forte retração de vendas e receita de fevereiro, março mostrou variação positiva para o varejo de moda, deixando a categoria com indicadores bem acima da média geral do comércio brasileiro no mês. Em volume de vendas, as lojas de roupas, tecidos e calçados venderam em março 0,7% a mais que no mês anterior, enquanto a receita nominal subiu 1% na passagem para fevereiro. O varejo como um todo aumentou 0,3% em volume de vendas e 0,4% em receita nominal, com cinco das oito atividades monitoradas apresentando crescimento em março, mostra a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Contudo, os avanços de janeiro e março combinados não foram suficientes para compensar a forte queda de fevereiro e o trimestre termina com o varejo de moda encolhendo 1,6% em volume de vendas. Já em receita nominal a variação foi positiva para o setor com expansão de 0,7%. Frente aos indicadores gerais, porém, o desempenho da categoria continua abaixo. No primeiro trimestre de 2018, o comércio brasileiro subiu 3,8% em volume de vendas e 4,1% em receita.
DESEMPENHO DO COMÉRCIO NOS ESTADOS SOBRE MARÇO DE 2017
Com variação de -0,7% em relação a março de 2017, a atividade que reúne o comércio de Vestuário, tecidos e calçados registrou a segunda taxa negativa consecutiva em volume de vendas nessa comparação. Já a receita nominal de moda voltou a aumentar em março, com crescimento de 1,7% sobre março de 2017. É um desempenho bem inferior à reação do comércio geral que cresceu 6,5%, em volume de vendas, e 7,1%, em receita nominal no confronto com igual mês do ano passado.
Nos 12 estados que são destaque da pesquisa, o desempenho foi positivo no comércio em geral. Mas, em moda, prevaleceram os resultados negativos quanto a volume de vendas. Pernambuco foi o estado mais difícil para roupas, tecidos e calçados, com queda em março de 21,7% em volume e de 17,9% em receita, ainda que o comércio pernambucano em geral tenha sido o único desse grupo de 12 a registrar recuo no volume de vendas (-0,4%) e manter a receita na comparação com março de 2017.
Paraná foi outro estado no qual as lojas de roupas, tecidos e calçados viram as vendas despencarem 11,2% em volume e 9,5% em receita, quando o comércio em geral aumentou 8,5% o volume de vendas e a 9,9% a receita.
Já o mercado gaúcho continuou a avançar. De novo, foi o que mais cresceu no Brasil no confronto com o mesmo mês do ano passado em moda: 15,1% em volume de vendas e 15,9% em receita nominal. Nos outros quatro estados que não diminuíram vendas em moda, o comércio de São Paulo e Rio de Janeiro não cresceu nem reduziu o volume; o da Bahia subiu 3% e o de Minas Gerais, 2,4%. Nesses estados, a receita aumentou 4,8% em São Paulo; 1,3% no Rio; 4,2% na Bahia; e 4% em Minas Gerais.