Pesquisa do Ibevar com a Fia Business School aponta para crescimento de 2,94% sobre o último trimestre de 2024.
A projeção da pesquisa do Ibevar com a Fia Business School prevê alta de vendas para o varejo de moda no 1º trimestre de 2025. Na comparação com o 4º trimestre de 2024, a pesquisa projeta crescimento de 2,94% de janeiro a março. E aumento de 7,83% em relação ao 1º trimestre de 2024. Sobre o 4º trimestre de 2024, a expansão projetada é considerável porque o final do ano costuma ser o mais forte em vendas para a maioria do varejo, especialmente o de moda, que inclui lojas de vestuário, calçados e tecidos.
Para o varejo de forma geral, as projeções do Ibevar com a Fia Business School apontam nessa primeira abordagem para estagnação do consumo no 1º trimestre na comparação com o 4º trimestre de 2024. “Entretanto, o primeiro trimestre de 2025 será melhor que igual período do ano passado, isto é, um aumento de 3,42%”, ressalta o relatório da pesquisa. Estima expansão para todas as categorias monitoradas pelo IBGE para a Pesquisa Mensal de Comércio.
O IBGE ainda não divulgou os dados de dezembro para volume e receita do varejo. Porém, em outubro e novembro o desempenho do segmento de moda foi positivo.
ÍNDICE STONE E MONITOR VISA
Cruzando informações públicas com o número de transações dos clientes, o panorama da fintech StoneCo reporta queda de 7% em dezembro para vestuário, calçados e tecidos. Projetando o Índice Stone em moda para baixa anual de 2,45% em 2024.
Não é a mesma situação observada pelo Retail Spend Monitor da Visa Consulting and Analytics. Com base nas transações de pagamento, começando em primeiro de novembro de 2024 e estendendo a análise por sete semanas, a pesquisa indica que os gastos gerais com varejo aumentaram nos cinco países pesquisados, incluindo o Brasil.
No período analisado, a categoria roupas apresentou alta de 13% em relação à mesma fase de 2023.
CONSUMO DAS FAMÍLIAS EM JANEIRO
A pesquisa da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) que apura a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) mostra aumento mensal de 0,2% no índice, em janeiro. O resultado segue a tendência de alta observada em dezembro. No entanto, em relação a janeiro de 2024 o número indica queda de 0,90%.
Os resultados divulgados tratam o varejo de forma consolidada sem o recorte por segmento de mercado. De maneira geral, a pesquisa revela que a intenção de consumo esfriou em decorrência da cautela das famílias de maior renda, que ganham acima de 10 salários mínimo. Para essas, a retração em janeiro é de 0,20% sobre os gastos de dezembro.
Em contrapartida, as famílias com renda inferior a dez salários mínimo estimam consumo 0,30% maior em janeiro que em dezembro.
A pesquisa envolve a consulta a 18 mil brasileiros, analisando sete indicadores que refletem a satisfação do consumidor.
CONFIANÇA E INVESTIMENTOS DOS VAREJISTAS
O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou queda de 1,1% em janeiro, após três meses de resultados positivos, informa pesquisa realizada pela CNC. Janeiro é um mês que acumula gastos do consumidor IPTU, IPVA e escola. O resultado está em linha com o apurado no mesmo período de 2024.
Apesar disso, a intenção de investimento dos empresários do setor cresceu 2,4% no comparativo com janeiro de 2024. O foco tem sido o investimento em capital físico e o controle de estoques. A queda da confiança foi mais expressiva entre os donos de lojas roupas, calçados, tecidos e acessórios. O varejo de moda prevê reduzir em 1,4% a intenção de investir em janeiro. Mas espera aumento de 0,90% no ano de 2025.