Varejo de roupas vai no sobe-e-desce

Depois de um junho bem ruim, as lojas de vestuário, tecidos e calçados de São Paulo faturaram mais em julho e voltaram a registrar queda em agosto.

O varejo de moda paulista tem enfrentado percalços, com altos e baixos nas vendas. De março a maio, a receita real das lojas desse setor aumentou gradativamente. Em junho despencaram, para subir em julho 0,54%, e voltar a cair 8,8% em agosto, como a segunda atividade que mais perdeu no mês, mostra a pesquisa conjuntural do comércio varejista (PCCV) do estado de São Paulo, realizada mensalmente pela Fecomercio-SP, com base em informações da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo.

O faturamento das lojas de moda do estado alcançaram R$ 3,40 bilhões, recuo em relação aos R$ 3,73 bilhões registrados em julho. Comparado com agosto de 2014, o recuo foi ainda maior, ficando 20% menor. Em relação ao mês anterior, de novo, a maior queda foi observada no varejo da cidade de São Paulo, cuja receita caiu 5,8% sobre R$ 1,5 bilhão, de julho, para chegar a R$ 1,41 bilhão, em agosto, revela a pesquisa da Fecomercio. Sobre agosto de 2014, a redução foi de 14,5%.

Como um todo, o varejo do estado apurou receita de R$ 42,96 bilhões, discreto aumento de 0,3% em agosto em relação ao mês anterior, puxado por supermercados, farmácias e outras atividades, em boa parte como reflexo do aumento de preços. Os demais setores apresentaram queda de receita, sendo que área de autopeças registrou a maior contração de faturamento, com queda de 9%.

Desempenho das cidades em julho
Das 16 regiões monitoradas pela pesquisa da Fecomercio, seis tiveram resultado negativo em julho em relação a junho. A receita da capital no mês foi a que menos caiu, queda de 2,65%, e as maiores foram Marília e (-6,2%) e Taubaté (6%). Osasco foi a região de maior crescimento em julho, com alta de receita de 16,8% sobre junho, acusando R$ 179,69 milhões. A segunda maior alta foi registrada por Ribeirão Preto que faturou mais 8,9%, apurando R$ 178,43 milhões.