Amazon será maior que Macy’s em roupas, nos EUA.

Em dois anos, o site de comércio eletrônico ultrapassará o atual líder de vendas no mercado norte-americano, afirma estudo.

Pesquisa divulgada no início da semana pela consultoria Cowen Company afirmou que, em dois anos, o site de comércio eletrônico Amazon vai ultrapassar a Macy’s em volume de roupas e acessórios vendidos no mercado dos Estados Unidos; para chegar em 2020 com pouco mais que o dobro de receita do segundo colocado. Detendo 7,3% de participação no faturamento total do varejo de roupas e acessórios naquele país, a Macy’s faturou US$ 23,6 bilhões em 2014. No ano passado, o faturamento nesse segmento da Amazon foi de US$ 11,04 bilhões, que lhe rendeu a 8ª posição entre os dez maiores dos Estados Unidos.

As projeções da consultoria indicam que o crescimento de vendas da Amazon será mais acelerado que o da Macy’s e de outros concorrentes, de modo que em 2017, o estudo prevê que o site de vendas irá registrar receita de US$ 27,77 bilhões, o equivalente a 8% das vendas globais, suficientes para assumir a liderança, deixando a rede de departamentos no segundo lugar, com US$ 25,05 bilhões de faturamento e 7,1% de market share. A mesma análise projeta que em 2020, a receita da Amazon atingiria US$ 52, 07 bilhões, frente a US$ 25,81 bilhões previstos para a Macy’s.

O relatório aponta alguns fatores que podem impulsionar o desempenho da Amazon no mercado fashion, para o qual a plataforma online de vendas entrou em 2002, oito anos depois de sua fundação. A enorme quantidade de itens vendidos representa um dos principais drivers, diz o estudo. São comercializados 343 mil produtos, de 118 marcas diferentes. Atual líder de mercado, a Macy’s oferece 85 mil itens. Terceiro maior em vendas de moda nos Estados Unidos, com receita de US$ 20,16 bilhões, em 2014, o Wal-Mart trabalha com portfólio nesse setor de 292 mil referências. Além de variedade, a Amazon tem dedicado esforço em fechar parceria com grifes, como as do grupo PVH, e preços mais em conta que os dos concorrentes, porque não teria que arcar com os dispêndios exigidos pelas lojas físicas, avalia a pesquisa.