China atualiza plano para indústria têxtil

Uma das metas da estratégia é estimular o consumo interno de vestuário entre a população urbana, com a criação de marcas nacionais

Ao iniciar o ano novo, o governo da China atualizou as metas de seu plano para a indústria têxtil no horizonte de cinco anos. O documento de 40 páginas estabelece metas para oito áreas, contemplando entre outras medidas o fortalecimento do consumo interno, com a criação de cem fortes marcas nacionais até 2015. A intenção é explorar o potencial de consumo da população urbana e desenvolver a indústria de moda chinesa.

Outra ação prevê a criação entre cinco e dez marcas com características de grife e fôlego para reconhecidamente disputar o mercado internacional. Para isso, o plano envolve investimentos em gestão e construção de marcas, abandonando o perfil puramente industrial.

O documento divulgado pelo governo chinês reconhece que os mercados desenvolvidos – Japão, Estados Unidos e Europa – continuarão a desempenhar papel importante na pauta de exportações do país. Ao mesmo tempo, avalia que a crise financeira desses mercados combinada ao aumento do custo de mão-de-obra local e de matérias-primas, além da valorização do yuan, afetaram a economia da China.

Os dias de uma indústria com preços baixos de produção parecem caminhar para o fim. Preocupam o governo questões como o envelhecimento da população e o que considera escassez de mão-de-obra para as fábricas estabelecidas na região costeira, principalmente na costa leste.

O esforço de investimento será empregado em parte para estimular as confecções de roupas a migrarem a produção para o interior do país, onde a mão-de-obra é mais farta e os custos são menores. Um dos destinos promovidos é o da província de Xinjiang, a oeste da costa, grande produtora de algodão.

Para enfrentar a concorrência, prevista para se tornar feroz, o plano do governo estabelece metas para a modernização tecnológica da indústria têxtil, convocando as empresa a adotar tecnologia de ponta na produção de tecidos e fibras, como a de carbono, e usando recursos de fontes renováveis.

Até 2015, a previsão é a indústria têxtil e de vestuário na China reduzir o consumo de energia e adotar tecnologias de reciclagem.