Nova empresa que depende de estudos de viabilidade e aprovações regulatórias teria fábrica em Minas Gerais para produzir celulose solúvel de uso têxtil com investimento de US$ 1 bilhão
A brasileira Duratex e a austríaca Lenzing anunciaram a disposição avançada de formar uma joint venture para produção de celulose solúvel de uso têxtil no Brasil. Pelo projeto em curso, a fábrica vai operar no Triângulo Mineiro com capacidade para 450 mil toneladas por ano de matéria-prima, sendo a maior linha industrial do tipo do mundo, prevista para entrar em operação a partir de 2022. O investimento está estimado em US$ 1 bilhão, em parte sustentado pelos sócios e outra parte por financiamento de terceiros a ser negociado pela nova companhia.
Segundo o comunicado das empresas, a Lenzing deteria o controle acionário da nova empresa, com 51% do capital, e a Duratex responderia pelos outros 49%. A produção será integralmente destinada à exportação vendida para a Lenzing a preços de mercado para suprir as plantas industriais do grupo austríaco na Europa e na Ásia para fabricação de fibras utilizadas na indústria têxtil. “O fechamento da operação e a constituição da nova companhia estão sujeitos, também, às autorizações dos órgãos competentes, assim como à viabilidade do planejamento de engenharia. A decisão de quando a planta será construída será tomada no segundo semestre de 2019 e a expectativa é que a primeira produção ocorra em 2022”, informa o comunicado ao mercado.
Maior produtora de painéis de madeira para construção civil do país, com negócios também na linha de louças e metais da marca Deca, a Duratex diz que a decisão marca sua entrada no segmento têxtil diversificando o portfólio e reduzindo a dependência em único setor. “Juntos criaremos uma base de matéria-prima sustentável e competitiva para o plano de expansão mundial da Lenzing”, diz o fabricante austríaco sobre a joint venture. De acordo com apresentação da Duratex a investidores, a negociação do acordo levou dois anos.