Inditex reduz ritmo de crescimento

Mesmo apresentando números melhores que no início do ano, o resultado de nove meses ficou abaixo do esperado pelo mercado

Uma das maiores varejistas de moda do mundo, a espanhola Inditex continuou a crescer, mas, em ritmo mais lento que o esperado pelo mercado. Nos primeiros nove meses do ano fiscal encerrado em outubro, a companhia dona da Zara teve receita líquida de €$ 18,4 bilhões, 3% a mais que em igual período do exercício anterior. O lucro líquido somou no período €$ 2,4 bilhões, aumento de 4%. O esforço maior da companhia foi em preservar margens.

Com mais da metade das vendas realizadas em mercados de fora da zona do euro, a Inditex sofreu com as oscilações cambiais, porque a apuração das vendas tem que ser convertida. A conversão afetou o balanço. Também pesou o clima mais quente em setembro que o normal para a época na Europa, o que prejudicou as vendas. Ainda assim, a empresa preferiu conter as ações promocionais, ao contrário do que fez a maioria dos concorrentes.

Ajustes no tamanho da rede de lojas também foram realizados nos nove meses, entre fevereiro e outubro. Ao todo foram fechadas 62 operações ao redor do mundo. Desse modo, o grupo encerrou outubro com 7.442 lojas. A maior rede de lojas é a da Zara, somando 2.118 pontos, nove a menos do que tinha em outubro de 2017. A marca que mais fechou unidades foi a Massimo Dutti que terminou o terceiro trimestre com 762 lojas, 19 a menos.

Pull & Bear e Stradivarius encerraram 16 operações cada uma. Ficaram com 970 e 1.008 pontos de venda, respectivamente. A Oysho ficou com 666 lojas, seis a menos do que operava em outubro de 2017. A Bershka fechou duas, ficando com 1.100 unidades.

Apenas duas marcas do grupo expandiram a rede. A Zara Home abriu 12, totalizando 599 pontos e a Üterque inaugurou cinco, atingindo 91 lojas. No Brasil, o grupo atua apenas com as marcas Zara e Zara Home. No segundo semestre ficou com uma loja mais: 57 Zara e manteve as 15 Zara Home que tinha no primeiro trimestre. Porém, reduziu as operações industriais no país. Cortou três fornecedores, ficando com 12 e reduziu de 65 para 44 a quantidade de fábricas com as quais trabalha no Brasil.