Grife aceitou acordo com a Justiça americana em processo no qual é acusada de elevar artificialmente o valor de referência sobre o qual aplica o desconto oferecido em seus outlets.
Em julho do ano passado, a Justiça americana acolheu o processo de uma consumidora da Califórnia contra a grife Michael Kors. Ela alega na ação que foi induzida a pensar que teve um desconto sobre a calça jeans branca que comprou em um outlet da marca muito maior do que na realidade obteve. Pagou pela calça US$ 79, quando a etiqueta informava que o valor sugerido ao varejo era de US$ 120, desconto em torno de 33%. Ocorre que o modelo comprado fazia parte da linha produzida exclusivamente para os outlet, sem que a marca tivesse intenção de vender esse e outros itens em suas lojas de varejo de luxo.
Por causa desses fictícios US$ 41, Michael Kors aceitou na semana passada acordo pelo qual se compromete a pagar US$ 4,8 milhões e alterar sua prática de estabelecer preços nos outlets, evitando armadilhas para o consumidor com etiquetas de valor de referência alterado para cima. Preliminar, o acordo depende ainda de aprovação pelo tribunal de Nova York. A decisão deverá ser estendida a todos os consumidores que compraram produtos nos outlets de Michael Kors nos últimos quatro anos e se sentiram enganados. Ele têm prazo até final de julho para apresentar queixa.