Lojistas da região estudam estratégias de aproximação com o cliente como transporte gratuito para trazer compradores e desfiles de rua.
A Alobrás (Associação dos Lojistas do Brás), com 4 mil associados atacadistas da capital paulista, estima crescimento de 5% nas vendas do segundo semestre comparado ao mesmo período de 2015 com a volta da confiança dos consumidores. O primeiro semestre, no entanto, surpreendeu positivamente os lojistas. O inverno muito frio alavancou as vendas nos meses de maio e junho, e permitiu até a desova de estoque encalhado, garantindo aumento entre 20% e 30% comparado ao ano passado, aliviando as perdas. “Com isso, no primeiro semestre o crescimento ficou entre 10% e 15%”, avalia o conselheiro da Alobrás, Lauro Eduardo Araújo Pimenta.
Para movimentar o bairro, as lojas estão analisando a promoção de desfiles de rua e estratégias para aproximação com os clientes. Entre as iniciativas em estudo está a oferta de vans, patrocinadas pelos lojistas, para transportar consumidores das estações de trem ou metrô mais próximas até o ponto de venda. “Uma coisa positiva da crise foi fazer o lojista repensar formas de estar mais próximo do cliente”, afirma Pimenta.
Outra iniciativa que deve movimentar mais a região – os bairros do Brás e Pari – é a finalização das obras de dois shopping centers – um na rua Hannemann, que terá 350 lojas e será apenas de eletrônicos, e outro na rua Alexandrino Pedroso, com 300 lojas de vestuário. “O centro de compras de eletrônicos deve trazer para o Brás o público que circula na rua Santa Ifigênia e também na rua 25 de março, e o shopping atacadista de vestuário também trará mais compradores”, ressalta Pimenta.
ABRAVEST PREVÊ QUEDA
Segundo a Abravest (Associação Brasileira de Vestuário), com 735 unidades fabris associadas, a produção do setor caiu 3,5% de janeiro a junho de 2016 comparado a primeiro semestre de 2015. A entidade projeta queda de 8% a 10% na produção em 2016.