Atacado de tecido começa com delivery

Atacado de tecido começa com delivery

Tradicional no Brás, A Gaivotinha fará vendas virtuais e entrega nas empresas para contornar as restrições à operação física.

Atacado de tecido começa com delivery

Aos 70 anos, a loja de atacado de tecido A Gaivotinha começa em abril serviço de delivery. Marcas e confecções comprarão por e-mail, chat, telefone e site e receberão o produto na empresa. Localizada no Brás e com filial na rua 25 de Março, encontrou no modelo uma forma de contornar as restrições estabelecidas para operações físicas com atendimento na loja por causa covid-19. O forte são tecidos temáticos para decoração, fantasia, festas e dança. Denim não faz parte do portfólio da empresa, mas brim (sarja), sim.

Nesse primeiro momento, o delivery só estará disponível para entregas na cidade de São Paulo. Conforme a Gaivotinha, o maior desafio para lançar o serviço de delivery foi assegurar a integridade dos tecidos durante o transporte até a entrega, experiência com a qual não lidava.

Para tratar a questão, contou com o apoio da Delfim Tecidos, um de seus fornecedores de longa data. “Não é simples desenvolver uma estratégia que englobe o delivery de itens como metros e rolos de tecidos, delicados por sua própria natureza, mas a pandemia gerou uma demanda do público consumidor deste tipo de matéria prima para a confecção de itens de vestuário e artesanato que precisava ser solucionada. Por isso, a equipe da Delfim se manteve ativa junto à A Gaivotinha para que fosse possível ajudá-los nas etapas de entendimento do processo de transporte e assim validar o modelo de entregas. Esperamos que o exemplo ecoe e se torne uma prática de mercado entre as lojas de tecidos e armarinhos de todo o país”, declarou em comunicado à imprensa David Deutsch, diretor comercial e de marketing da Delfim.

EMBALAGENS COMPACTAS

O executivo explica que como as revendas compõem o principal canal de vendas, e percebendo que essas empresas teriam que mudar a forma de operação devido à pandemia de covid-19, a Delfim desenvolveu um padrão de embalagens mais compacto para os tecidos que vende, de modo a facilitar o delivery.

Outro desafio para o atacado de tecido A Gaivotinha foi trabalhar na visualização dos produtos pela tela de computador ou do celular. “As imagens dos tecidos muitas vezes ficam levemente diferentes da tonalidade original em um vídeo ou foto, e isso precisa estar claro para não comprometer a venda. A partir do momento em que eu corto um tecido, ele perde valor, vira retalho, por isso temos que reduzir ao máximo os riscos de devolução ou trocas por alguma divergência relacionada a isso. Levando essa questão em conta, o processo de maturação deste novo modelo de vendas teve como pilar o cuidado na forma de mostrar o produto realmente próximo da realidade ao cliente que está do outro lado da tela e com o máximo de clareza nas especificações técnicas”, ressaltou Ulisses Tadeu Giorgi, proprietário da loja.