Empresa estréia no segmento de malha com o lançamento da linha masculina na coleção para o verão 2008; a linha feminina está prevista para o inverno
A partir do próximo ano, a Bivik Jeans vai operar uma nova unidade de negócios. Na coleção de verão 2008, lança a primeira coleção de malhas da marca, começando pela linha masculina. Os modelos femininos chegam ao mercado no inverno de 2008, quando a empresa pretende montar um departamento específico para a malharia que deverá ocupar espaço equivalente ao da hiperloja – em torno de 6 mil metros quadrados – construída no térreo do prédio, onde funciona a empresa, que ocupa um quarteirão inteiro de 27 mil metros quadrados encravado no coração do Brás, em São Paulo.
Desconhecida dos ouvidos grifados, a Bivik tem os movimentos acompanhados atentamente pela concorrência e pelos fornecedores. Afinal, a empresa é uma das maiores, senão a maior, marca de jeans do Brasil. O investimento na coleção de malha é um complemento da estratégia de funcionar como um hub de abastecimento para lojistas do país inteiro, que ali encontram modelos para diferentes segmentos, separados em corredores como num supermercado – modelos em denim e brim para crianças, meninos e meninas a partir dos quatro anos; adolescentes; jovens; mulheres e homens adultos de diferentes perfis; e opção de modelos com numeração especial, que vestem obesos.
O forte da marca são calças. Mas as coleções incluem modelos de bermudas, macaquinhos, saias, shorts, jaquetas. E, a partir do verão 2008, malharia. Em média, a empresa lança cerca de 200 modelos por mês, conta Sérgio Cachiello, o estilista contratado no ano passado para desenhar as coleções da marca a partir do verão de 2007, com a responsabilidade de modernizar o estilo, mas sem afugentar os clientes fiéis, que não estão ansiosos por comprar, por exemplo, calças de boca larga.
Low profile
Desde o início, em 1984, a Bivik mudou radicalmente a forma de fazer negócios no Brás. Com estratégia arrojada, os dois irmãos sócios da empresa investiram na fórmula de trabalhar com margem pequena, ganhando no volume produzido e vendido. Ao longo dos 23 anos seguintes, a dupla construiu o que os teóricos da economia chamariam de caso de sucesso.
Há questão de seis meses, a empresa voltou a surpreender com a inauguração do moderno prédio, onde trabalham 350 funcionários diretos, a dois quarteirões do Mega Polo. A ousadia limita-se, no entanto, ao campo dos negócios. Quando o assunto é exposição, os dois irmãos optam pelo quase anonimato, sem arrogância. Não gostam de dar entrevistas e avisam que não falam em investimento, volume de produção ou faturamento, referências que dariam a dimensão da marca para o mercado nacional.
fotos: GBLjeans