A expectativa é a fábrica da Duratex com a Lenzing entrar em operação no primeiro semestre.
Joint venture entre a austríaca Lenzing e a brasileira Duratex, a LD Celulose tem início das operações previsto para o primeiro semestre de 2022. A fábrica construída no Brasil terá celulose de uso têxtil. É do tipo celulose solúvel destinado à produção de viscose.
As previstas 500 mil toneladas de insumo por ano serão integralmente exportadas para abastecer as plantas industriais da Lenzing na Europa e na Ásia.
Conforme documento destinado a acionistas, a Duratex informa que as obras da fábrica estão em estágio avançado. Com investimento projetado de US$1,3 bilhão, de acordo com comunicado da Lenzing.
Na conversão, a Duratex estima R$5,2 bilhões, dos quais 37% suportados pelas sócias e 63% por meio de financiamento. Ainda no comunicado, a empresa brasileira cita que no segundo semestre de 2020 foi captado o montante de U$1,14 bilhão, com prazo médio de dez anos, contraído nas instituições BID Invest, IFC e Finnvera.
FÁBRICA EM MINAS GERAIS
Também ressalta que a futura fábrica “será uma das maiores de celulose solúvel do mundo e ocupa uma área de cerca de 1 milhão de metros quadrados”.
Como anteciparam no anúncio de 2018, a LD Celulose ocupará área no Triângulo Mineiro, entre os municípios de Indianópolis, onde a fábrica está em construção; Araguari, para captação de água; e Monte Carmelo, onde está a fazenda de eucaliptos certificados.
A constituição da joint venture representa a entrada da Duratex no mercado de celulose de uso têxtil. Controlada pela Itaúsa, a companhia brasileira é uma das maiores produtoras do mundo de paineis de madeira industrializada e pisos, louças e metais sanitários, além de revestimentos cerâmicos.
A Lenzing é um dos grandes fabricantes mundiais de fibras têxteis, como o liocel, comercializado sob a marca Tencel. A austríaca controla 51% do capital da LD Celulose, e a Duratex, os outros 49%.